Eu estou realmente muito fodido na vida, pois com o meu pai de volta sinto que muita merda vem pra cima de mim. Além do Leléo está correndo risco mais do que tudo agora, então eu tenho que pensar em alguma maneira de convencer ele da gente meter o pé daqui.
Nesse momento estou sentado no sofá, as pernas inquietas e meu coração ainda acelerado pela surpresa repentina. Era tudo o que eu menos queria agora que a nossa vida estava entrando nos eixos, e eu tenho a plena certeza de que o meu pai vai fazer algo para atrapalhar tudo isso.
É a única coisa que ele sabe fazer.
Meus olhos direcionaram para a porta que abriu e fechou e lá estava Leléo, assobiando uma música qualquer que no calor do nervosismo eu não estava conseguindo distinguir qual era, mas eu fiquei feliz por vê-lo mais solto e alegre comparado ao que estava aqui alguns dias atrás quase entrando em depressão. A única coisa que eu fui capaz de fazer foi me levantar e correr para o colo dele o abraçando, pois era tudo o que eu estava necessitado agora que a pior coisa aconteceu.
Ele retribuiu o abraço um pouco preocupado, me acariciando nas costas e beijando o meu rosto.
— Ei... o que houve?
— A maior desgraça de todas, amor.
Ele ficou tenso, de repente, preocupado comigo e desfez o abraço ao me pegar cautelosamente pelo ombro para me encarar com aquele cenho franzido, pois ele sentiu que algo estava errado.
E eu até não queria contar de começo o que está havendo, mas não posso esconder isso dele — mesmo que ele esconda algumas coisas de mim também. Isso também lhe diz respeito e ocultar essa informação só iria nos prejudicar mais para frente, pois o meu pai vai vim com tudo contra nós dois.
Por todo esse tempo eu nunca que iria imaginar quem o meu pai era de verdade e sobre como ele escondeu isso de toda a nossa família — até da minha mãe — que não está mais entre nós. E eu tenho certeza de que isso tem o dedo dele na porra toda, pois até os mais próximos sabiam que eles não estavam na mesma sintonia havia anos.
— Pelo jeito que tu fala parece que você acabou de ver o demônio na sua frente — ele disse.
— Eu ouvi na verdade, e eu não gostei nada — respondi. — O meu pai está de volta, Léo. Eu não tenho um bom pressentimento sobre isso e eu sei que ele vai vim com tudo para cima da gente.
Leléo aparentemente não está com medo, pois a única coisa que ele fez foi sorrir e eu não acreditei no que eu estava vendo bem diante de mim, me fazendo arregalar os olhos e balançar a cabeça negativamente.
— Eu não acredito que a única coisa que você faz é sorrir diante da notícia que nos coloca em risco — eu disse um pouco alterado.
— Você é muito emocionado, amor — me repreendeu. — Nem imagina que eu tenho a solução perfeita para nos livrarmos dele de uma vez por toda.
Ele enfia a mão por trás do short e tira de lá uma trinta e oito que reluz, sorrindo.
A única coisa que eu fui capaz de fazer foi dar alguns passos para trás me sentindo a pessoa mais imponente do mundo, tendo medo de uma arma pela primeira vez, pois reconheço a maldade bem no olhar dele. E realmente tenho que reconhecer que precisamos de uma forma de nos defender de qualquer ataque que venha por parte dele que está cheio de ódio de mim — nem se importando que se trata do filho dele.
No final das contas, eu me tornei o grande inimigo dele.
— Pelo amor de Deus, Leléo!
— Não tem outra alternativa se não atacar quando a gente for atacado por aquele filho da puta e você vai ter que ajudar — afirmou. — Não se esqueça que aquele canalha fodeu com a sua vida que te levou a se transformar que nem uma pessoa que nem ele. Eu sinto falta daquele cara que tinha inocência no olhar, mesmo sabendo muito bem provocar.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Apaixonado Pelo Dono Do Morro (Romance Gay)
Teen FictionLucas Freitas tinha uma vida perfeita, até a sua família outrora rica falir de vez até pararem na Comunidade da Esperança. Lucas tem uma relação de cão e gato com o dono do morro, que tem uma passagem muito longa pela polícia mas que não esconde o...