imagines, Taylor Swift.

Soulmate

S/n não enxergava cores, ela nasceu sem elas. Sua mãe sempre dizia que ela as veria no momento que encontrasse sua alma gêmea. Claro que tendo dezenove anos ela já tinha desistido. Passar a infância e a adolescência sem ver cores fora uma experiência totalmente sem graça. Ela não via interesse em filmes, pra ela todos eram preto e branco. Imagina assistir High School Musical e ele parecer um filme dos anos 40? Era assim que ela de sentia.

Entretanto, mal ela sabia que estava perto de enxergar a cor que mais a intrigava.. azul.

― Você vai ir comigo, porque eu quero impressionar o Logan e ele gosta de country, eu preciso aprender pelo menos um pouco de cultura republicana antes de conversar com ele. E a única cantora de country da nossa idade que é interessante é aquela tal de Taylor Swift. ― S/n não fazia a menor idéia de quem era. ― Aquela garota que o Kanye West interrompeu no palco do VMA, lembra?

― Eu nunca assisti premiação, garota. O que adianta se tudo o que eu enxergo é preto e branco? ― S/n comenta sem humor, encarando seu copo de café.

― Amiga, se continuar com esse ânimo você vai morrer sozinha e sem suas cores, levanta daí e se arruma, você vai comigo pra um show da Taylor. ― Sua amiga estava nas nuvens agora que tinha encontrado a alma gêmea dela, Logan. Ela percebeu que era ele, claro, quando ela conseguiu sentir o cheiro de café quando eles se esbarraram em uma cafeteria. Ela soube que era ele, e ele soube que era ela.

― Puxa, estou muito animada. ― S/n diz suspirando, enquanto se levantava lentamente do sofá e subindo as escadas em direção ao seu quarto. Ela abriu o guarda roupa e encarou todas as suas opções. ― Você pode?

― Claro, chega pra lá. ― S/n senta na cama, observando sua melhor amiga. ― Essa aqui.

― Amiga isso é Chanel, não quero me mostrar. ― S/n ri levemente, parando ao lado da outra garota, que coloca a roupa novamente no armário.

― Você tem que usar essa, por favor. ― S/n segura a peça que fora entregue a ela, caminhando para o banheiro.

― Eu vou me arrepender tanto disso. ― Ela sussurra, olhando para a camisa em uma mão, poderia ser rosa, poderia ser azul e ela literalmente não saberia a diferença. Para ela, todas eram cinza, preto ou branco.

― Tá linda, S/n. Agora vamos. ― A garota agarra a mão dela, praticamente a arrastando escada abaixo, pegando suas coisas, fechando a porta e entrando no elevador. O carro estava esperando na frente do apartamento. S/n não estava muito animada, ela novamente não veria nada. Só as mesmas cores de sempre. ― Foi muito louco quando a gente se esbarrou e de repente, eu senti o cheiro forte de café, melhor do mundo.

― Sim, você já me contou isso duzentas vezes. ― S/n diz revirando os olhos. ― Que romântico.

― Qual será a primeira cor que você vai ver? ― S/n suspira cansada, encarando as ruas de Manhattan pela janela do carro.

― Dizem que é a cor dos olhos. ― Ela sussurra, fazendo a amiga sorrir e falar absurdamente alto.

― Será que os olhos dele vão ser verdes? Castanhos? Você deveria ver, sério. ― A garota ri da própria piada, olhando para o horário no celular, se voltando para S/n novamente. ― Desculpa, amiga.

― Tô acostumada com suas piadas sem graça, relaxa. ― S/n diz suspirando pesadamente. ― Só espero que eu não fique assim pro resto da minha vida.

― Chegamos. ― A garota diz, agarrando a mão de S/n novamente, a puxando para fora do carro e caminhando em direção a onde seria o show. ― Tem muita gente, porra.

― Tem mesmo, essa Taylor Swift é bem famosa sim. ― S/n diz sem humor, entrando no local. ― Por que eu concordei com isso mesmo?

― Porque você é uma ótima amiga. ― A garota fala, procurando o garoto com quem estava saindo. Que era o motivo original dela ter ido no concerto.

― Mereço até uma auréola, sou um anjo.

― Tá começando, olha lá ela. ― Foi quando S/n olhou para o palco, uma onda de azul inundou seus olhos, ela fechou os olhos e os apertou repetidas vezes, tentando se acostumar com tantas cores. ― O que foi?

― É ela. ― S/n sussurra, olhando para o palco novamente. ― Azul, eu enxerguei azul.

― Puta que pariu, a porra da sua alma gêmea é a Taylor? Sua sortuda do caralho! ― Ela exclama, te abraçando. Taylor te encarou por um momento, piscando diversas vezes, você sabia que ela também não enxergava cores, provavelmente agora ela estava sendo bombardeada pela cor dos seus olhos. ― Que linda, você é gay.

― Cala a boca. ― S/n diz, quando escuta os primeiros acordes do violão de Taylor acompanhado pela voz da loira, que sorria na direção dela.