Kiss Is Better

Those Eyes

estamos na reta final da história, agora não irei demorar a atualizar. obrigada a cada uma que teve a paciência de esperar dias e semanas intermináveis sem uma atualização

Carina

Era metade de fevereiro quando eu e Maya decidimos que estava na hora de resolvermos nossa vida. Juntas. Tanto o casamento como o local onde iríamos morar, então em um fim de tarde na varanda de seu apartamento, sentei no meio de suas pernas com um notebook aberto em minhas pernas com diversos imóveis em sua tela. Duas canecas de café e alguns biscoitos ficaram repousados em uma bandeja ao nosso lado, Maya acariciava meu pescoço observando atentamente cada detalhe das casas. Estávamos as duas envolvidas por um cobertor grosso, iluminadas pelo Sol que batia ali, minha loira estava com as bochechas avermelhadas. 

Para ser bem sincera, eu estava com o pensamento bem longe desde que Maya falou a seguinte frase: precisamos de uma casa com três quartos, o nosso, de hóspedes e o de Alessia. Nada da palavra filhos, uma ruga de preocupação com certeza apareceu em minha testa. 

- Amor?! Carina! - falou alto
- Oi?
- Poxa, eu estava aqui falando um monte e você nem estava escutando.
- Desculpa amor, o que você estava dizendo? - me virei para ela
- Ah não, me diz você o que está te deixando preocupada. 
- Besteira. - desviei meu olho
- Te conheço muito bem para saber que não é. Lembra do que falamos, sem esconder nada uma da outra, hum?! - Maya segurou meu queixo e depositou um beijo em meus lábios
- É que você falou sobre os quartos e em momento nenhum citou a palavra filhos. 

Maya suspirou, parecendo escolher as palavras corretas a serem utilizadas naquele momento. Meu coração parou por um segundo com medo da resposta, um dos meus grandes desejos da vida era ser mãe e esperava mesmo que minha noiva também. 

- Assunto delicado, por que não pedimos uma pizza pro jantar e conversamos depois? 
- Essa é você fugindo da conversa?
- Não, prometo que vamos.

Concordei com a cabeça, ela sabia bem que eu não resistia a uma pizza. Uma hora depois a campainha tocou, mas quem passou por ela foi meu irmão com minha cunhada e minha sobrinha. 

- Que bom que estão aqui, pedimos pizza. - Maya falou sorridente 
- Liga lá pedindo outra, Andrea come mais que nós duas juntas. 
- Que calúnia. - se fez de ofendido
- Mas o que fazem aqui? - perguntei enquanto minha noiva fazia a ligação 
- Nada em especial, estávamos no tédio em casa e Alessia quer destruir tudo e nada melhor que a casa da tia Maya pra fazer isso. - quem respondeu foi Anna

Minha sobrinha realmente estava um mini furacãozinho, subia em tudo que conseguia, mexia onde não devia, outro dia em minha casa ela conseguiu abrir a porta da geladeira e pegar um bolo de chocolate, resultando numa sujeira enorme e dor de barriga. Maya riu por cinco minutos seguidos, elas duas juntas era um perigo. 

- O que tá rolando entre vocês? 

Anna aproveitou o momento que Maya e meu irmãos foram pegar vinho para me interrogar, impressionante como minha cunhada tinha o dom para pegar as coisas no ar. 

- Estávamos vendo casas e entrei no tópico filhos, ela desviou do assunto falando que mais tarde conversamos.
- Aí aparece eu e seu irmão com uma pestinha mirim pra ajudar.
- Talvez ajude mesmo, a Maya gosta mais dessa menina do que de mim. - ri

Alessia tinha ganhado um cantinho só dela no apartamento da minha noiva, com brinquedos e cadernos de colorir, a pestinha já tinha ido direto se sentar em sua mesinha para brincar mas é óbvio que aprontou, ao invés de pintar os desenhos, ela resolveu que se pintar era muito mais interessante. Ninguém se importou porque não adiantava brigar depois que já havia sido feito, e Alessia era uma criança vingativa, quando era chamada sua atenção então fazia dez vezes pior.