— Mãe! Eu nem acredito que você está viva! – exclamei com olhos já cheios de lágrimas e jogando a pistola no chão. Corri em sua direção e lhe dei um abraço apertado.
— Que bom ver você também! – correspondeu ao meu abraço. Eu tinha me esquecido de como seu cheiro era bom, de como era ela linda, de como ela era... Perfeita.
— Olha que legal! Um encontro da filha, sogra e genro num galpão onde quase morremos e tem um cara morto. – Zayn foi sarcástico sorrindo sem mostrar os dentes. Justin, que estava ao seu lado, deu um pisão em seu pé o fazendo ficar quieto.
— Genro? Você está falando do Justin? – minha mãe olhou para o moreno que arregalou os olhos.
— Não, é que... Nós estamos... Casados... – passou a mão em sua nuca meio sem graça.
— Eu já sei. Antes de voltar eu me mantive informada sobre vocês dois. – olhou para mim e eu sorri. — Filha, tome cuidado. Você não está acostumada com tudo isso. – colocou as mãos em meu rosto.
— Marie, pelo que eu saiba, você também não estava acostumada. – Justin cruzou os braços.
— Sim. Mas eu tive que entrar nessa para sobreviver, ou era morta por Michael. – minha mãe abaixou a cabeça.
— Você fugiu mesmo dele e me deixou sozinha? – minha voz falhou.
— Minha filha... Eu sabia que você ficaria bem. – olhou para mim e sorriu. — Bom, deixarei vocês cuidando de tudo. Daqui a pouco é capaz de Jeremy e Michael aparecerem e eu ainda não estou pronta para vê-los. – foi para fora do galpão.
— E... Para onde você vai?
— De Atlanta eu não vou sair. Até eu resolver as coisas, ficarei num hotel qualquer. – olhou para mim.
— E se eu quiser te ver?
— Pede para o Justinn te levar. Ele sabe onde estarei. – olhou para Justin que apenas assentiu com a cabeça e logo foi embora.
— Justin... Onde ela ficará? – olhei para ele que apenas balançou a cabeça negativamente.
— Vamos logo. Drew, Vinnie e Zayn, se livrem desse corpo imediatamente. Não deixem nenhum rastro. Quando se livrarem desse filho da puta, vão embora e tomem cuidado para o carro não ser visto. Alguns seguranças vão acompanhar vocês. – o loiro me ignorou dando ordens. Segurou em meu braço e me levou para fora do galpão. — Brian, os caras vão se livrar do corpo de William. Você e mais alguns vão ficar. Cuidado para não serem vistos. Se vir algo suspeito, atire e, se for alguém, se livre do corpo. – deu ordens para um segurança alto e forte e ele assentiu com a cabeça.
Justin continuou a me puxar pelo braço e senti suas mãos deslizarem para a minha. Olhei para ele e vi que seu olhar estava bastante concentrado olhando para frente. Entramos em seu carro e ele ligou rapidamente a chave no mesmo. Coloquei o cinto de segurança e olhei para trás, vendo dois carros pretos.
— Fica calma. – foi frio. Deu a partida e seguimos em silêncio nosso caminho com os carros, que eram os seguranças, nos seguindo.
— Justin, pode me explicar esse lance de se livrar do corpo às escondidas ou, como sempre, eu não posso ficar sabendo o que você faz? – o encarei.
— É melhor você não se envolver mais do que já está Hanna. – mais que porra! Por que todos acham que eu não posso ajudar?
— Justin, mais que droga! – exclamei exaltada. — Você por acaso acha que eu não consigo fazer nada? Sempre que eu quero te ajudar você sempre me repreende dizendo: "Hanna você não vai conseguir", "Hanna não se mete, você não capaz"... Você pode pelo menos uma vez na vida confiar em mim assim como eu confio em você? – continuei exaltada sentindo meu rosto queimar de raiva.
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Forced Marriage (livro um)
FanfictionNo mundo do crime não há amigos, mas sim aliados. Todos querem roubar o que outros possuem, sendo amigo ou inimigo, para isso basta fortalecer laços, um casamento por exemplo. Uma união totalmente instável, cercada por ódio e ambição, esse agora é o...