HANNA ANDERSEN
Passou-se uma semana e estava tudo bem entre Justin e eu, sem nenhuma briga ou alguém atrás de um de nós ‒ apenas Angel, que eu não sei como, ligava para Justin diariamente. O que fez com que eu quebrasse seu celular.
— Está me devendo um celular novo. Tinham coisas importantes nele. – Justin cruzou os braços.
— Como o que? – arqueei uma de minhas sobrancelhas e sentei-me na cama.
— Nudes seus. – encarou-me de cima a baixo e eu corei na hora.
— Seu idiota! – bati em seu ombro e olhei para baixo fazendo com que ele risse.
Assim que pus os pés para fora do carro de Michael, ‒ ele havia nos buscado no aeroporto e, depois de quase uma hora de birra de Justin, finalmente pudemos sair do aeroporto ‒ vi os meninos nos esperando em frente à porta de casa. Drew correu até mim e me pegou no colo, o que me fez gritar.
— Que saudades Han! Jogou muitos vasos na parede tentando acertar o Justin? – perguntou enquanto me colocava no chão.
— Acho que não aconteceu exatamente isso, Drew. Tiraram o sono dos vizinhos? – Vinnie perguntou aparecendo atrás de mim. Corei na mesma hora e dei um soco em seu ombro.
— Não! Eu já disse que eu levo sozinho as malas da Hanna! – Justin exclamou e nós três olhamos para trás, o vendo puxar uma das malas das mãos de Michael. Revirei os olhos e me aproximei dos dois.
— Justin, deixa o Michael levar as malas. Vem logo. – o puxei novamente para longe dali. — Vocês dois aí, ajudem o Michael enquanto eu levo o bebezão lá para dentro. – olhei para os garotos que assentiram e foram em direção ao meu pai.
— O bebê aqui quer mamar. – olhei para Bieber que fazia beicinho. Revirei os olhos e ri.
— Olha quem voltou! – Zayn exclamou animado assim que entramos na sala.
— Zayn! Caramba cara, por onde você andou? Eu senti saudades. – Justin o puxou para um forte abraço.
— Eu tive que ir para a Itália resolver umas coisinhas. – olhou para mim e sorriu. — Hanna! E aí? – sorri sem mostrar os dentes. — Vocês já estão de boa ou ainda brigam muito? – sentou-se no sofá e cruzou os braços.
— Estamos namorando. – Justin respondeu sem hesitar.
— Ah sim... – sorriu e olhou para mim. — Eu nunca pensei que vocês fossem ser um casal de verdade, a forma como se tratavam... – riu. — Na verdade, isso já é clichê demais. – Zayn estava estranho, ele não era daquele jeito. Algo não me cheirava bem.
— Às vezes um clichê é bom. – Justin riu. — Mas me conte, como foi na Itália?
— Ah, você sabe, o mesmo de sempre. Eu achei que a máfia lá fosse igual aos filmes, mas é que nem a nossa família. Foi fácil matar o chefão deles e roubar as mercadorias de primeira. – Zayn falava olhando para um ponto fixo do carpete.
— A cada dia você fica melhor nesse trabalho, Zayn. – Justin sorriu orgulhoso. — Fico feliz que tenha conseguido se sair bem nesse trabalho.
— Tudo graças a você Justin. Sem você eu não seria nada. – olhou para o meu namorado e sorriu. Tudo ficou em silêncio por alguns minutos, até que Zayn resolveu quebrá-lo. — Justin... Quando eu estava na Itália, um dos capangas de Henry me ligou e disse que ele morreu. Isso é verdade? – encarou Justin que apenas assentiu com a cabeça. — Ele me disse que a Zara estava com ele e que ela também morreu. Justin, ela era minha irmã! – exclamou irritado se levantando do sofá. Arregalei os olhos assustada. Eu não sabia que Zara era irmã de Zayn.
— Zayn, eu sinto muito. Eu... – num único ato, Malik pegou a arma que estava em sua cintura e mirou em direção a Justin.
— Você. Matou. Minha. Irmã. – seus olhos estavam vermelhos e lágrimas já se formavam nos mesmos, suas mãos tremiam mas ele continuava mirando em Justin.
— Cara, abaixe essa arma. – Justin fez um sinal com as mãos para que ele abaixasse a arma.
— Não me chame de cara! Eu não vou abaixar porra de arma nenhuma! – balançou o objeto em sua mão. — Você sabia Justin! Você sabia que ela era minha irmã! Então... Por que a matou? – destravou a arma e meu coração acelerou.
— Zayn não! – derrubei a arma de sua mão e me coloquei na frente de Bieber. — Não foi o Justin que matou sua irmã... – respirei fundo. — Fui eu. – fechei os olhos e os apertei com força.
— Como é? – o garoto abaixou a arma e me encarou friamente por alguns segundos.
— Eu não sabia que ela era sua irmã Zayn, eu... Sinto muito. – o garoto não disse nada. Apenas num rápido ato avançou para cima de mim e empurrou-me na parede fazendo com que eu gritasse. Colocou seu braço em minha frente para que eu não saísse dali e minha respiração, naquele momento, começou a ficar pesada.
— Eu vou te matar Hanna! Eu vou te matar! – comecei a chorar e o moreno fechou os punhos. Fechei os olhos com força e, quando os abri novamente, Zayn havia socado a parede.
— O que está acontecendo aqui? – Vinnie perguntou entrando na sala.
— Zayn! O que você está fazendo? – Drew o tirou de cima de mim. Não consegui me mexer. Eu estava totalmente sem reação de tanto medo que sentia.
Zayn respirava pesado enquanto Drew o segurava. Justin se aproximou de mim e me abraçou. Eu não correspondi ao abraço, apenas comecei a chorar como nunca havia chorado em toda a minha vida.
— O levem até o quarto dele e não o deixem sair. – Justin deu a ordem e Drew e Vinnie subiram as escadas com Zayn.
O fitei por alguns instantes e, naquele momento, o garoto me encarou com ódio. Desviei o olhar rapidamente e senti os braços do meu namorado me puxarem para mais perto de si e me apertarem em um abraço forte. Em seus braços eu me sentia protegida, mas eu estava com muito medo de dormir sabendo que no quarto ao lado estava Zayn e sabia que ele não estava nem um pouco feliz comigo.
— Ele ia realmente me bater? – murmurei ainda em êxtase tentando controlar as lágrimas.
— Zayn não é capaz de bater em uma mulher. Mas, se fosse, eu não deixaria. – o loiro limpou minhas lágrimas.
— E se ele me batesse antes de você o impedir? – o encarei esperando sua resposta. Justin apenas me abraçou, colocando seu queixo no topo de minha cabeça.
— Eu nunca vou deixar alguém bater em você Hanna.
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Forced Marriage (livro um)
FanficNo mundo do crime não há amigos, mas sim aliados. Todos querem roubar o que outros possuem, sendo amigo ou inimigo, para isso basta fortalecer laços, um casamento por exemplo. Uma união totalmente instável, cercada por ódio e ambição, esse agora é o...