Forced Marriage (livro um)

now it is passed;

JUSTIN BIEBER

Havíamos acabado de chegar em casa e eu estava exausto. A noite não havia saído como eu havia planejado e aquilo me deixou decepcionado. Jennifer havia vindo em minha casa apenas para dizer que, desde o começo, não concordava com o plano de Shawn e Emily e, no final de tudo, ainda havia me roubado um beijo. Hanna não pareceu ter ficado bolada, mas eu sabia que ela estava chateada e, quando ela falou na possibilidade de terminarmos para sempre, eu enlouqueci; não conseguia me imaginar sem Hanna. Ela era tudo pra mim.

Por isso a tratei friamente. Porque eu tinha medo de perdê-la e não sabia como agir em relação a aquilo. Muita coisa nos aconteceu para que depois de tudo chegássemos à estaca zero. Aquela garota que conversava no restaurante, não era nada. Era apenas uma antiga amiga minha que, por coincidência, eu havia encontrado lá. Confesso que eu conversei sim com um ar de segundas intenções com ela, não sou santo, mas somente fiz isso porque estava muito chateado com Hanna...

Joguei-me no sofá enquanto Hanna foi para o quarto trocar de roupa. Retirei meus sapatos e coloquei meus pés em cima do sofá. Eu odiava usar meias, mas, às vezes, era necessário e meus dedos precisavam de um ar.

— E aí Justin? Como foi hoje? – Vinnie apareceu na sala e sentou-se ao meu lado com uma garrafa de vodka.

— Nada boa. – peguei a garrafa de sua mão e dei um enorme gole. Olhei para a TV que passava Grease e, bem naquela hora, eles cantavam You're the one that I want. Até que eu gostava daquela música.

— O que aconteceu, cara? – arqueou uma se suas sobrancelhas.

— Dando uma rápida resumida: eu dei mole para uma garota lá, a Hanna jogou ela no chafariz e a gente teve uma discussão. – continuei a ver o filme.

— Que noite hein meu amigo! – riu. — Tenho certeza que me arrependi de ter ficado em casa vendo filmes. – foi irônico e eu o encarei.

— Não é para rir, isso é sério. Sinceramente, eu não sei como não fomos expulsos do restaurante. – dei mais um gole na bebida enquanto Vinnie continuava a rir.

— Meu Deus! Por acaso tem uma gralha dentro de casa? – Hanna riu enquanto descia a escada. Ela usava uma de minhas camisas como pijama e seu cabelo estava preso num coque. Até quando ela estava simples conseguia ser a mulher mais bonita do mundo. Vinnie deu o dedo do meio para ela, a fazendo rir. Hanna se sentou entre nós dois e eu me ajeitei no sofá.

— Vai se foder.

— Só se uma pessoa quiser me foder. – olhou para mim e eu sorri.

— Ah não! Ao contrário do Drew, eu vou dormir aqui hoje e não quero escutar gemidos durante a noite. Seria demais pra eu imaginar vocês transando e eu não quero isso! – o loiro fez um bico e cruzou os braços.

— Poxa... Você é muito puro para imaginar uma coisa dessas, né Vincent?! – fui irônico e logo revirei os olhos. O loiro apenas riu enquanto mudava de canal.

— Falando nisso, cadê o Drew? – Hanna perguntou apoiando seu queixo em meu ombro esquerdo.

— Tomando conta da Emily. Eu disse que ele podia deixar ela sozinha e vir pra casa, mas ele não me ouve. – revirou os olhos e desligou a tevê.

— E vocês estão revezando? – olhei para ele enquanto abria os primeiros botões de minha camisa.

— Sim. Eu passei o dia com ela e agora Drew vai passar a noite. Amanhã de manhã eu troco de turno com ele. – olhou para mim. Hanna começou a desfazer o nó de minha gravata e Vinnie se ajeitou no sofá. — Você sabia que seria bem mais fácil se um alguém estivesse nos ajudando? – riu sem humor e eu ri fraco.