Quando disse que queria uma nova vida, Evangeline não pensou que seria levado ao pé da palavra, ou que seria literalmente jogada em outro mundo.
Será que a sua boa lábia pode a salvar dos perigos que a aguarda?
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Evangeline espreguiça, passou a madrugada em clara. Estava muito consciente do outro dormindo agarrado a ela e com aquela coisa dura cutucando seu bumbum. Ao abrir de vez os olhos, ela repara na ausência de calor corporal.
Håkon havia ido, mas não o seu cheiro. Evangeline abaixa e inspira a fragrância impregnada no travesseiro.
__ Desgraçado, porque tinha que ser tão bonito e cheiroso? - pragueja inconformada.
O que a negra estranha não é o lobo não estar ali, e sim Matilda.
Não tem ninguém no quarto á não ser ela.
Evangeline saiu da cama, a mesa do café estava posta. Mas seguiu para o banheiro, nada da loba. Ela sacode os ombros, talvez Camdam tomou vergonha na cara e pediu para que parassem de a tratar como uma criança.
A banheira está cheia, porém a água morna por ser colocada algum tempo. Evangeline percebeu que podia ter sido ela a acordar atrasada, mas não desperdiçou a água embora bata os dentes de frio.
Hoje a negra foi quem escolheu sua roupa, mais simples que os outras. Consistia em um vestido branco solto de manga largas e da qual colocou uma cinta preta por cima e um casaco cinza. A vestimenta em questão não combinava, mas ela quer esta aquecida mesmo que pareça um espantalho.
__ Drake, você viu Matilda? - pergunta ao guarda ao abrir a porta.
Então com o seu silêncio lembra que ele não tem autorização para falar com ela, a garota o olha travessa e nas pontas dos pés quase em sua altura, coloca as mãos nos ouvidos como para escutar melhor.
__ O que você disse Drake? - sorrir, o lobo sequer a olha. - Que eu estou muito bonita essa manhã? - tira as palavras. - Oh obrigada, você é uma graça. Sempre usa as palavras certas, já pensou em ser poeta? - Evangeline diz e aguarda ele dá algum sinal mesmo sabendo que o coitado não pode.
E é isso que torna a interação dos dois divertida, nunca um homem a aguentou sem dizer algo. Ela fala e fala, e Drake permanece calado.
__ Que pena, você tem um dom. O som da sua voz é tocante. Quem sabe cantar? - ela dá um tapinha em seu ombro, o que o faz se afastar imediatamente. - O quê? - ela arquea uma sobrancelha com o gesto. - Håkon proibiu que eu toque as pessoas também? - pergunta incrédula. - Você está desperdiçando sua vida e talento nesse castelo brega, e Camdam é um chefe terrível. - o diz.
Ela olha para o corredor, como não disseram que não podia sair, Evangeline avança um passo e outro e outro, até estar andando com segurança. A negra não conhece todo o castelo, então percorreu os lugares que havia ido, e começou por um especial.
Ela reconhece de longe o homem com a postura impecável, e busca na cabeça o nome do outro, quando o encontra, ela grita:
__ Olá Berthor! - acena sorridente para o homem que vigia os lobos treinarem.