Capítulo 22

968 119 10
                                    

Uri

Uri suspirou pesado, ele estava entediado depois de estar tanto tempo parado. Ele também podia pensar melhor sem dor, já tinha algumas horas que um vampiro esteve ali. Ordens do seu Alfa, disse ele. Imediatamente o anão se lembrou de sua mãe quando fazia uma travessura, depois da surra a mulher o mimava como se sentisse culpada. Ele sabia que no caso de Camdam não era culpa, mas não perguntaria o motivo do outro está sendo tão bondoso consigo. Uri pensou que poderia ser pior, estava em seu quarto onde tinha uma cama quente e comida fresca e não preso em algum sujo habitado por animais asquerosos e com suas feridas abertas.

Ele não merecia piedade, mas também não estava recusando.

O jovem estremeceu com a umidade em suas costas.

Arthur mais cedo limpou os ferimentos, ele  queria perguntar sobre Marie, mas o lobo poderia ver aquilo como suspeito e ele não colocaria a amiga em problemas, embora ache que Hakon era muito esperto para ser enganado e apenas fingiu por alguma razão não saber que a humana estava envolvida.

Uri permaneceu quieto e não fez muitas perguntas enquanto Belfor retirou as faixas que cobria a pele machucada e começou a limpar novamente, ele sabia o que o outro fazia embora não gostasse muito. Não e de hoje que o anão aparecia com algum machucado já que estava sempre ignorando seu tamanho ao fazer o que vinha na telha. Foi assim quando ele decidiu que queria treinar arco e flecha e cortou a mão na ponta afiada ou quando tentou entrar no exercito escondido dos companheiros porque colocou na cabeça que seria soldado do reino, mas só terminou em muitos roxos, arranhões e a humilhação de saber depois no final que apenas lobos eram aceitos. Pareceu  divertido para os homens brincar com a persistência do garoto e ver quão longe ele chegaria. Porém querendo ou não, os lobos eram mais resistentes e ágeis que um  anão, ele poderia ter insistido nessa ideia e sabia que Belfor desistiria de o persuadir o contrário se o pertubasse o bastante, mas o treino pesado dos homens não o agradou em nada.

Geralmente quando o jovem se feria era comum que os companheiros cuidassem dele, na primeira vez achou nojento ser lambido. Depois de três dias ao perceber que a pele não tinha sinal de cicatriz, ele viu que aquela era a melhor forma de voltar rapidamente aos seus hábitos aventureiros sem danos. Uri não importava mais em ser lambido.

Contudo o que estava virando um incômodo para o outro e o silêncio de Arthr e Belfor desde o ocorrido.

_ O que vai ser agora? - questiona, pela posição em que esta deitado não pode os ver embora vez ou outra ouça os grunhidos irritados de Arthur. - eu prometo não sair do castelo por um mês e se quiserem podem desconsiderar eu ir com vocês na caçada. - diz.

A verdade e que ele está tentando tirar qualquer coisa dos dois nem que para isso tenha que abrir mão de algo que queria a meses.

_ Depois do que você fez, acha mesmo que essa e ainda uma possibilidade? - Arthur surge furioso em seu campo de visão. - que droga Uri, o que você tem na cabeça?! -ruge. - você podia ter morrido, a sua vida não e importante para você? Nós não somos importantes para você?! 

O garoto desvia os olhos claramente sentido culpa.

_ Eu sei que você disse para o dá um tempo, mas porra eu não posso ignorar isso. - Uri nota que a fala foi direcionada a Belfor. - ele quase se matou, que inferno! - o lobo rosna nervoso, o anão sabe que também há um certo desespero em sua voz.

_ Eu não estou culpando nenhum de vocês, eu sabia o que aconteceria. - diz Uri.

_ E veja onde sua impulsividade o levou! - grita Arthur.

O jovem diria que o lobo estava ao ponto de explodir, e era estranho ver Arthur daquela forma. O esquentado sempre foi o anão e foram pouquíssimas vezes em que presenciou os companheiros tão zangados. Talvez ele devesse ter ficado calado como todos naquele quarto.

 _ Por que você não deixou aquela maldita família ir para os infernos? Não e como se algum deles ligasse para você, se lembra como chegou aqui? - questiona.

Claro que Uri se lembrava, o pai havia o espancado e vendido como escravo. Ele foi comprado de volta do comerciante por Belfor que o reconheceu como seu companheiro ao vê-lo na feira. O garoto estava sujo, fedendo e ferido.

_ Não fale deles dessa forma, nem todos são podres. A minha mãe e meu irmão mais novo não são responsáveis dos erros do meu pai. - diz. - e eu pedi a ajuda de vocês se bem me lembro e os dois recusaram. - fala emburrado.

_ Então você achou que seria inteligente unir a humana? - Belfor pergunta em escarnio e parando ao lado de Arthur fazendo o outro ver claramente agora os dois. - esteja feliz, você e Evangeline são os primeiros que Hakon não mata depois de trai-lo. 

Uri engole em seco pois sabe que aquilo e verdade, Camdam e impiedoso com suas leis.

_ E mesmo que não nos culpe, não desfaz que quem segurou aquele chicote fui eu. - Belfor fala.

O garoto se mexe incomodado.

_ Se não fosse você, teria sido outro. - diz não suportando o remorso no rosto do companheiro. - eu estarei bem em alguns dias, então parem de agir como se eu fosse morrer. - murmura teimoso, apesar de saber que esta errado.

Uri não ver, mas escuta o som forte de coisas quebrando no quarto e no momento seguinte Arthur está apontando o dedo em sua direção irritado.

_ Você não saíra  desse quarto sozinho. A parir de agora tudo o que fizer será com a minha  supervisão. 

_ Sonhe com isso. - responde o anão não segurando a boca.

Ele não é o tipo que fica preso em um lugar.

Há um baque forte na parede quando o lobo a soca, fazendo uma rachadura onde sua mão esteve.

_ Não me desafie Uri. - range os dentes. - eu prometo que se fizer algo parecido de novo, eu mesmo te dou uma surra. - ameaça.

Uri o encara em silêncio, embora tenha estremecido, não tem o que ser dito vendo quão irritado o companheiro está. E além disso para Arthur ter o intimidado, era porque estava em seu limite com o outro. O jovem assenti, mesmo que todos ali conhecem o suficiente de Uri para saber que cedo ou tarde será o mesmo de antes.

Arthur o encara naquele estado transtornado por um momento e se vira sem dizer mais nada.

O anão vira o rosto para Belfor que o fita em silêncio, mas com olhar analítico, como se dissesse que o garoto havia errado feio daquela vez. Uri esperou por um sermão, porem o moreno o devolve um silêncio carregado de muitos significados e logo esta saindo do quarto como o outro fez.

Mesmo que Uri soubesse que os companheiros seriam mais duros com ele, aquela frieza estava fazendo o se odiar. O pior e que era ele responsável pela estabilidade do relacionamento com Arthur e Belfor. Ele só odiaria que sua rebeldia prejudicasse a relação de um jeito irreversível.

E muito provável que eu tenha errado o nome de algum personagem, depois corrijo.

Obrigados  a todos, beijo!!!!

DOCE DESEJOOnde histórias criam vida. Descubra agora