Quando disse que queria uma nova vida, Evangeline não pensou que seria levado ao pé da palavra, ou que seria literalmente jogada em outro mundo.
Será que a sua boa lábia pode a salvar dos perigos que a aguarda?
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Evangeline sabia que estava encrencada, por isso não disse nada enquanto ela levada, mas desde guardas a servos com que passavam pelos corredores do castelo a fitava com certo aversão. Como se ela estivesse sendo mesmo tratada como uma traidora. E diferente das outras vezes, nenhum deles abaixou a cabeça.
Não mais a respeitavam.
A indiferença é desprezo abalou um pouco a negra, mas a mulher ergueu o queixo e empurrou qualquer emoção de seu rosto e do seu lado, Uri adquiriu a mesma postura. Seu olhar nunca desviava de sua frente, atrás dele, Berthor caminhava tenso e parecia mais preocupado com o companheiro do que o próprio anão.
Ela estranhou quando seguiram por uma área que não conhecia. Muitos lugares ali ela não pisou, mas já que não estava indo embora; dedicaria a conhecer cada uma daquelas portas e salas.
Evangeline endureceu mais ao ver que a quantidade de guardas aumentava assim que andavam, até que estavam diante de um grupo deles parados ao lado de uma porta de ferro. Eles a abriram com a aproximação deles e ela foi empurrada para dentro. Estava em um pátio aberto e muitos olhos a encaravam, todos com feições severas; quase agressivas em sua direção.
Reconheceu alguns, outros não.
Mas os dois homens que tinha sua atenção, tinha feições duras e a maneira que Håkon a encarava a fez se arrepiar. Por isso ela não recorreu a ele quando a mão que a segurava se foi.
A negra correu até Dragomir o abraçando embora o vampiro não tenha esboçado nelhuma reação sobre devolver o gesto. Amassou o rosto em seu peito ao o abraçar forte, ele tinha um cheiro bom e fresco que a lembrou da casa que alugou no campo.
__ Por favor, não deixem que me machuque. Eu prometo que serei uma boa esposa. - diz insistindo em o abraçar apesar dele tirar os braços de si duas vezes, mas é o puxão em sua que o tira dele como a faz cair no chão.
__ Por que ele acreditaria em suas promessas fêmea? Nada que sai da sua boca é verdadeiro. - Håkon a diz apático.
Ela levanta a cabeça para o olhar e cerra os dentes irritada, mas permanece calada.
__ Eu gostaria de confiar em você Evangeline, mas só está me procurando porque pensa que eu sou mais acessível que Camdam. Você não está arrependida, uma punição te fará repensar suas atitudes. - Dragomir diz em tom severo, nada se parece com o homem cordial e sorridente de antes.
A mulher olhou para suas mãos sujas pela queda e as limpou na roupa, ficou incomodada com a rejeição do moreno.
__ Vocês querem uma confissão é isso?! - ela se levanta com o nariz empinado. - Eu fui até essa feiticeira maldita para me trazer de volta para casa. - aponta para a ruiva que rola os olhos. - Mas pelo jeito seu pau também é mágico, porque ela não aceitou. - sorrir o desafiando o lobo que rosna.
