Evangeline
Evangeline foi colocada na cama de barriga para baixo, mas não mudava muito; suas costas doíam como o inferno.
Respirar doía.
Se mexer doía.
Estar viva doía.
Ela não levantou a cabeça quando sua mão foi levantada ou uma dor assoladora atravessaria seu corpo.
__ O que está fazendo? Quase me matar não foi o suficiente? Vai sugar meu sangue também? - murmura quase sem voz ao notar as presas pontiagudas do vampiro expostas na intenção de morder o seu pulso.
O rosto do outro contrai é ele para o que ia fazer a olhando.
__ Se eu fosse provar o seu sangue, seria prazeroso para nós dois. - diz. Ela sabia que aquilo tinha um cunho sexual, mas apenas grulhe. Talvez a convivência com Håkon tenha feito pegar alguns dos seus hábitos. - Eu sei que esta me odiando, e é compreensível a sua raiva. Porém você tem que entender que não está mais em seu mundo e essa rebeldia está somente a prejudicando.
__ O que eu devo fazer? Aceitar ser um objeto sexual e dizer sim para tudo? - ironiza, mas geme.
O tempo gélido e com as costas descobertas, parece que há gelo em suas feridas.
__Você tem personalidade, eu admiro isso. - escuta um suspiro. - enquanto não parar de mentir, não teremos nenhum avanço Evangeline. Me dói ver você nesse estado...
A mulher rir, logo se encolhendo com a pontada em suas costas.
__ Sério? Você não demonstrou isso enquanto me chicoteava. As suas palavras estão claras na minha mente ao dizer que eu merecia uma punição. Você não fez nada. - diz com ressentimento.
__ Você não é inocente Evangeline, está manipulando a todos desde que chegou. - ele se inclina para beijar sua cabeça. - Eu terei que lidar com a probabilidade de não ter o seu perdão, mas não me perdoaria se você tivesse ido embora sem ter feito nada. - ela o olha por alguns instantes mas não abre a boca, ele parece convivente, mas já entendeu que as pessoas ali mentem perfeitamente bem. - eu não estou entre os meus, ir contra Camdam dentro do seu reino seria iniciar uma guerra e eu não traria novamente esse tormento para o meu povo. - diz firme. - e ao contrario do que pensa, eu intervi por você. Era pra ser dez chicotadas.
Sente o ritmo cardíaco aumentar.
Ela seria capaz de suportar tanto?
Há surpresa em seu olhar direcionado a ele, querendo ou não, ela devia sua vida a Dragomir.
__ Eu não direi obrigado. - fala friamente apesar do susto inicial.
A dor está insuportável para a fazer fechar os olhos e umedecer seus olhos.
__ Eu sei que não terei. - o moreno responde. - isso vai te ajudar com a dor. - ele é cuidadoso ao levar seu perto dos lábios e a negra não tem força para o impedir.
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DOCE DESEJO
WerewolfQuando disse que queria uma nova vida, Evangeline não pensou que seria levado ao pé da palavra, ou que seria literalmente jogada em outro mundo. Será que a sua boa lábia pode a salvar dos perigos que a aguarda?