Capítulo 12: A linha tênue entre o amor e o ódio

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"Podemos odiar na mesma intensidade que somos capazes de amar, seja uma pessoa, um lugar, um momento ou uma lembrança. Basta apenas uma mentira, uma insegurança, um segredo e até um pedido de desculpa para abalar tais sentimentos, para o bem ou para o mau, o amor e ódio caminham lado a lado e de mãos dadas."

- MARY

Cinco e meia, estava em frente a escola de Amália, minha filha, uma menina linda de dois anos e meio. Havia posto na escolinha já que minha mãe voltou a trabalhar.
A vejo sair pela porta com a professora e me agacho para recebe-la em um abraço

- Oi meu amor, como foi seu dia hoje? Foi bom? - A peguei no colo e a sua bolsa coloquei no outro ombro, olhei a professora e sorri. - Obrigada.

Mia: - Dade papa? - coloquei as mãozinhas no seu ombro e mexi no seu cabelo.

- Ah o papai, ele foi trabalhar e me pediu pra vir te buscar hoje, vamos comer uma pizza bem gostosa de noite tá? - Andava pela calçada até ouvir ela gritar para o parquinho de areia na frente. - Mas lá é sujo amor.

Mia: - Papa leva eu. - Emburrei e ia começar a chorar quando a ouvi de novo.

- Aí, tabom, mas só um pouquinho! - Atravessamos a rua e a soltei já que estava esperneando no meu colo, ela correu para a piscina de areia onde tinha outras crianças brincando e eu me sentei no banco próximo, apenas eu no banco verde, estava olhando para ela brincando sozinha com as mãos, tentava fazer um castelo como as outras crianças, mas não tinha o que era necessário.

Damon: - Mary, obrigado por pegar ela, mas Hoje é o meu dia, te levo no fim de semana. - Me aproximei e fiquei de pé ao seu lado com as mãos no bolso.

- Ela não quer ficar com você, chorou o fim de semana todo quando falávamos dela ir pra sua casa, ela não gosta da sua namorada e eu estou seriamente preocupada, Mia está tendo comportamentos estranhos. - O olhei brevemente, o entardecer refletia em seus olhos azuis.

Damon: - Crianças são assim, Mary. Elas crescem e aprendem. - A Olhei, a mesma desvia assim que olho.

- Ela faz birra pra tomar banho, Damon. Faz um escândalo quando brigam com ela, mordeu a minha mãe só porque não queria comer brócolis, e ela amava brócolis você sabe, e até bateu em uma amiguinha na escola esses dias, eu estou dizendo, ela não é assim... - Me levantei.

Damon: - Ela não é assim em casa, não que eu saiba. - A olhei outra vez.

- essa é a questão, você nem fica com ela direito, quem fica é a sua namorada, e eu não quero mais isso, a mia estava com infecção urinária porque não estavam lavando ela direito, Damon você não consegue ver?! A sua .. - Paro de falar quando ele me manda ficar quieta.

Damon: - Cala a boca! Você não pode colocar a culpa nela, ela é uma mãe melhor do que você, Maryse. Ao contrário de você, ela tem tempo de sobra, faz comida e da atenção, roupas, brinquedos! Elas brincam o tempo todo, e a Mia nunca reclamou de nada para mim. - Meu tom era agressivo, a olhava nos olhos.

- Melhor?! Como você.... EU SOU A MÃE DELA, A ÚNICA MÃE DELA. - Me virei para ele enquanto falava em alto e bom som. - Não admito esse tipo de conversa, posso não te sido uma boa mãe no começo, mas isso foi SUA CULPA. - Apontei o dedo em seu peito. - Você que me abandonou um mês antes dela nascer, eu tive depressão por sua causa, então não venha querer colocar Tudo em cima de mim porque você não faz o mínimo! Ela não quer ir pra sua casa e ela não vai!

As Desavenças Entre O Amor e o Emprego //(Em Revisão)Onde histórias criam vida. Descubra agora