Sábado, 11 de Abril de 2025
- Domenico
Acordei por volta das oito e meia, Yelena não estava mais ao meu lado, me perguntava porque ela teria que trabalhar no sábado. Me levantei da cama trajando apenas um samba canção preto e andei até a cozinha, meus olhos se abriam lentamente conforme andava. Abri a geladeira, peguei uma garrafa de água e levei até a pia, enchi um copo e me virei de costas para a pia. Um sorriso se abriu quando vi o que estava na bancada de mármore. Uma cesta de café da manhã e uma caneca com uma foto nossa, ao lado, um cartão em coração, ri anasalado ao ler o conteúdo escrito a mão por ela.
- Obrigada por ontem, eu me diverti muito... Desculpe não te esperar acordada :( Tenha um ótimo dia, não fique intocado em casa, precisa tomar um sol Ok? Eu saio as cinco, espero que coma alguma coisa dessa cesta que custou uma fortuna :3 Beijinhos da sua querida N-A-M-O-R-A-D-A. Até mais tarde e não vá ao meu serviço, você me distrai. <3 - Li em voz alta e ri, de forma boba e apaixonado. - Eu tomo sol todos os dias... - Reclamei. - De dentro da minha sala, já é o suficiente. - Resmunguei enquanto sorria, deixei o copo de água de lado e peguei um pacote de torrada de grãos finos, e um suco de caixinha de laranja. - Tem até cereal... meu favorito. - Falava baixo e radiante, eram coisas caras devido a marca.
Onze e meia da manhã, estava no hospital aguardando o resultado.
Dr. Mills: - Senhor Scarffo... aqui está o exame de Grace Hobbins. - Disse ao sair da sala de DNA.
- Obrigado Sr. Mills. - Forcei um sorriso e peguei o envelope branco de suas mãos, retirei o papel de dentro e li, reli, e li outra vez. - Isso está certo? - Meus olhos fitaram os seus e ele assentiu.
Dr. Mills: - Passei a noite para comparar os resultados com precisão, sem deixar ninguém entrar... está correto. - Respondo.
Meus olhos pareciam arder assim como minha garganta, não sabia explicar o motivo, mas era ruim. Fiquei parado em frente ao quarto de Grace por alguns minutos enquanto pensava no que falar.
- Oi, sou eu. - Disse ao ligar para Yelena que atendeu rapidamente. Não pude falar, era como se algo prendesse no fundo da minha garganta.
Yelena: - Entendi... Bom, o que vai fazer? - Questionei, curiosa.
- Eu... Eu não sei. - Minha voz falhou e eu suspirei. - Não sei o que fazer, eu não estava esperando por isso. - Respondi e ela fica em silêncio por alguns minutos. - Ye...
Yelena: - Eu tô pensando. - Falei baixo. - Já contou pra ela? Posso até imaginar a cara nojenta dela... Meu Deus. - Suspirei, irritada.
- Não, queria que você fosse a primeira a saber. - Respondo enquanto olhava para o teto, procurando alguma solução invisível. - Não sei se estou pronto para ser pai... Jurei que levaria o legado, a empresa Scarffo para cova comigo, agora tenho um sucessor. - Meu tom de voz era um sussurro trêmulo. - Isso me assusta.
Yelena: - Eu sei. - Repondo friamente. - Quem mandou dormiu com ela? Na época que já me conhecia ainda.... - Resmunguei baixo e ele riu.
- Já falamos sobre isso. - Sorrio. - Por mais que eu goste de te ver seu ciúmes, essa não é a hora. - Expliquei com um sorriso bobo.
Yelena: - Ter um filho não é o fim do mundo... Sei que vai ser um bom pai e vai conseguir ensinar ele da melhor forma possível... Eu preciso desligar, tenho uma audiência pra ir agora. - Expliquei e me despedi.
Mordi o lábio inferior por alguns segundos, meus olhos fitavam a porta fechada enquanto meus pensamentos me rodeavam. Meu celular toca, me tirando do transe, eu atendo e levo até minha orelha.
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As Desavenças Entre O Amor e o Emprego //(Em Revisão)
RomansaUma mulher solteira com um sonho de ir morar na badalada cidade de Nova York e, com mais problemas na vida do que o limite do cartão de crédito. Aos vinte e três anos aceitou uma proposta de emprego nas empresas Scarffos, Cede principal em Nova York...