Capítulo 16: Mo Chridhe

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"E assim como nossos lábios são capazes de emitir sons, nossos olhos emitem um tipo de ruído fotográfico que leva ao nosso cérebro vibrações que se tornam imagens, podendo decifrar um pensamento sem precisar de um único som emitido pelos lábios, é mágico".

- Domenico

- Mo Chridhe, Não vai falar nada? Normalmente se diz um "eu também". - Falei com humor apesar da seriedade da conversa, sãos palavras que não costumam sair com facilidade.

Yelena: - Eu... - Umideci os lábios e desviei o olhar para seus lábios. - Porquê? - Olhei novamente para seus olhos, estava em choque e com o coração acelerado.

- Porquê? - Franzi o rosto e ri nasal, desviei o olhar e voltei logo depois de umidecer os lábios. - Eu me perguntei isso durante a viagem de ontem, e eu te amo porque você me fez lembrar de como era essa sensação, Yelena, seus olhos são os únicos que quero olhar, seus lábios os únicos que sinto vontade de beijar, você é a única pessoa que eu penso na hora livre, E eu quase morri quando soube do acidente... Eu tô dizendo que quero ficar com você, mas vou embora se você me olhar nos olhos e falar que não sente o mesmo. - Toquei seu maxilar com cuidado. - Só fala alguma coisa, por favor.

Yelena: - Você não tem o direito de falar isso pra mim! Não depois do que você fez. Eu não sei o que se passa nessa sua cabeça, mas eu não sou um objeto que você pode descartar sempre que te convém.... - Soltei o ar dos pulmões e segurei sua mão que estava no meu maxilar. - Não posso confiar em você se não confiar em mim, entende?

- Tudo bem. Quer mesmo saber da verdade? Mas vai ter que acreditar em mim, e não pode falar a ninguém. - Me afastei mas continuei sentado na cama, com o torso Inclinado para o lado, facilitando para olha-la. - O que quer saber primeiro? Vou ser honesto com você.

Yelena: - Grace, porque ela disse aquilo ontem e você saiu correndo? - Arqueei as sobrancelhas e esperei ele responder.

- Grace me chantageou com algumas fotos nossas, não posso mostrar agora, não tô com o celular Aqui. Ela disse que se eu não fingisse ser o noivo dela por um tempo, iria divulgar, já sabe o que as pessoas iam falar e o que iria acontecer não é? - Toquei sua mão, minha voz era calma assim como meu semblante.

Yelena: - Iriam me associar a prostituta que estava com você aquele dia, falariam que eu seduzi você, seria mandada embora e não iria conseguir emprego em lugar nenhum, ficaria mal falada enquanto você poderia perder ações. - Coloquei uma das mãos no rosto e Suspirei. - Como ela tem essas fotos? É tão ruim assim? - perguntei ao tirar a mão do rosto.

- Acontece que o Matthias tem um drone, ele usou para tirar fotos da gente no meu escritório e na sua casa e entregou para ela pra que tirasse vantagem de mim. Ela confessou tudo ontem quando eu quase dirigi para o outro lado da vida junto com ela. - Falei com humor a última parte e sorri ao lembrar dela gritando.

Yelena: - Entendi.... espera, outro lado da vida?! O que você ia fazer? Domenico não me diga que você ia matar ela. - Coloquei a mão na boca. - Eai?!

- Ia jogar o carro daquela ponte em construção perto da Williamsburg Bridge, mas ela falou tudo antes então não foi o que aconteceu. - Falava com orgulho.

Yelena: - Você podia ter se machucado, seu idiota. - Ri nasal e bati em seu braço com pouca força. - Ela entregou os arquivos com as fotos? Mas... E se ela pedir pro Matthias? Aquela gentalha imunda! Como ele pôde? - Franzi o rosto em desacordo.

- Entregou, e o número dele também, Yelena, o plano dele não envolve divulgar essas fotos por medo de você sair do país, ele só quer me afastar de você, e a Grace seria um ótimo espaço entre a gente.

As Desavenças Entre O Amor e o Emprego //(Em Revisão)Onde histórias criam vida. Descubra agora