- Domenico
08 de Dezembro de 2024 Terça Feira
Uma semana havia passado, se eu havia superado? Impossível, tentei fazer isso por anos, o que mudaria? Ainda mais com meu pai falando dela todos os dias, do planos deles de sensibilizar o júri com uma história triste, e de que ela era inteligente, esperta e todas as outras coisas que eu já sabia, que qualquer um poderia ver só de olhar para ela.
Sete e meia da manhã, já estava entrando no elevador junto com algumas pessoas inclusive a que seria a minha nova secretária, ela me lembrava Yelena, acho que todas as mulheres me faziam lembrar dela, porque nenhuma era ela.
Diana: - Bom dia Senhor Scarffo, como é o meu primeiro dia gostaria de te acompanhar, saber da rotina e cronograma, se não houver problema ter a minha companhia por perto, dizem que o Senhor só simpatizava com a Yelena... - O olhei de lado, era alto, tão alto quanto meu irmão.
- Simpatizo com pessoas competentes, que falem menos e fazem mais, consegue ser assim? - Respondo ao sentir ela falar de Yelena com um tom mínimo de deboche e desconfiança. - Carol não pode te passar as informações?
Diana: - Sim senhor. - Respondo e desvio o olhar para as outras pessoas ali, riam disfarçadamente. - Carol está de férias, saiu hoje... - Voltei a olhar o homem que em momento algum tinha me olhada de volta, sua postura era séria e respeitosa.
- Havia me esquecido... sendo assim, pode ficar com a mesa de Yelena. - A porta se abre e mais pessoas entram, um deles, Paul.
Paul: - Bom dia, o senhor teve notícias da Yelena? Ela não atende o celular desde que prenderam o namorado dela, Chris. - O olhei.
- Ex namorado. - O olhei. - Ela está trabalhando na advocacia Wusang aqui em frente, pode passar lá depois e perguntar pessoalmente o que aconteceu com o celular dela. - Meu tom tentava ser o mais normal possível, que era frio e um pouco rude, ele acena com a cabeça, desviei o olhar para o relógio no meu pulso. - É, Daiana, pode pegar um café pra mim? Puro e sem açucar.
Diana: - Claro, mas é Diana senhor, Diana.
- Diana, é claro. - Forcei um sorriso. Todos já haviam descido inclusive ela que iria parar em outro andar para pegar o meu café, subi sozinho até o meu andar e passei olhando pela janela, havia lembrado que hoje seria a audiência do meu pai no tribunal, eu não perderia por nada.
Ao entrar na minha sala abri as janelas deixando o ar entrar e tirei o casaco preto deixando em uma das cadeiras, peguei algumas folhas na minha mesa e outras na pilha de documentos para empilhar, espalhei na mesa e tive um dejavu com Yelena, de quando fez a mesma coisa para separar em ordem alfabética, dei um pequeno sorriso enquanto me lembrava e comecei a fazer algumas pilhas para guardar depois com mais facilidade. Minutos depois quando Diana entra na minha sala sem bater, mas trouxe o café.
Diana: - Oi, Não tinha café puro, só com chocolate, pode ser? - Parei perto dele.
- Não, detesto esse café. - Respondo ao me lembrar da última vez que o tomei, Yelena sempre trazia para mim. - Pode tomar e, aqui, termine de separar esses arquivos, vou te mandar a planilha da semana, precisa ligar para algumas empresas do Canadá mais tarde. - Falava enquanto andava até a minha mesa, onde me sentei e abri o Notebook, já não havia mais a foto de Yelena, estava um fundo preto.
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As Desavenças Entre O Amor e o Emprego //(Em Revisão)
Lãng mạnUma mulher solteira com um sonho de ir morar na badalada cidade de Nova York e, com mais problemas na vida do que o limite do cartão de crédito. Aos vinte e três anos aceitou uma proposta de emprego nas empresas Scarffos, Cede principal em Nova York...