Capítulo 36

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Lizzy abriu os olhos, sentindo todo seu corpo relaxado. Cada musculo do seu corpo parecia pesar, mas ela sentia-se flutuar, na verdade. Braços fortes a envolviam e ela não queria acordar daquele sonho bom, de estar de conchinha com o único homem que ela desejou com loucura. O Sr. Darcy.

- Precisamos levantar – ele soprou no ouvido dela.

- Me deixe dormir, só mais um pouco – ela pediu, puxando a mão dele, que estava sobre a cintura dela.

Então, notou que estava nua, com apenas um lençol a cobrindo. E dividia a cama com ele. Com Darcy. Não era um sonho. Era bem real. Ela abriu os olhos em um estalo, se virando para ele e a primeira coisa que fez foi toca-lo no rosto. A barba por fazer pinicava a palma das suas mãos e mal conseguia vê-lo, devido à escuridão que fazia no quarto. Não havia uma vela acesa, para iluminar o cômodo. O que era muito injusto. Ela queria ver cada parte do seu corpo. Além de tocar e beijar sua pele, como ela vinha imaginando há muito tempo.

- Lizzie – ele disse, com a voz rouca – Precisamos ir ao salão. Você precisa se alimentar e eu também.

- Não – ela disse, dengosa, ficando por cima dele, com os quadris em volta da cintura dele.

Pode senti-lo endurecer debaixo dela. E ele gemeu. Ela aproveitou que ele estava mergulhado em êxtase, para beija-lo, buscando sua boca com sofreguidão. Em resposta, ele retribuiu o beijo, com força, empurrando seu quadril contra sua intimidade. Mas, o beijo para ela não bastava. Precisava senti-lo, precisava senti-lo preenche-la. Iria fazer isso, mas alguém bateu na porta.

Ela se afastou, a contragosto. Sentando-se ao lado dele. Darcy puxou o rosto dela, plantando um beijo em sua testa.

- Eu já volto – ele sussurrou – Se vista e vamos comer alguma coisa. Por mais que esteja delicioso estar assim com você, precisamos manter o decoro. E eu preciso chegar logo a Pemberley.

Ela não perguntou o motivo para a pressa dele em chegar a Pemberley. Não sabia se gostaria de ouvir a resposta. Então, sentiu que Darcy saiu da cama. E escutou a porta ser aberta, mas era apenas uma fresta. Mesmo assim ela cobriu seu corpo com o lençol e tratou de ficar quieta sobre a cama. Eles não eram casados. E entendia perfeitamente que a reputação dos dois estava em jogo.

- Gostaria que servisse o jantar aqui, senhor? – Lizzy pode estar à voz de uma mulher.

Lizzy queria que ele dissesse que sim, mas ele não parecia estar em sintonia com seus pensamentos, pois respondeu:

- Não é necessário. Comeremos no salão e logo partiremos - ele respondeu.

- Sim, senhor.

Ele fechou a porta e Lizzy tentou não se incomodar com isso, com sua pressa em partir. Tratou de pegar suas roupas no chão e vesti-las.

- Frank e o Sr. Dawson conseguiram retirar a carruagem da estrada – Darcy disse.

Ela pode ver a silhueta dele, com os olhos mais acostumados a escuridão do quarto. Ele também se vestia. E parecia com pressa de partir. Ela engoliu o bolo se formava em sua garganta.

- Que bom – ela sussurrou. Nem havia percebido que sua voz tinha falhava.

Se perguntava se ele iria se casar em breve e era por isso que precisava voltar com tanta pressa para Pemberley.

- Deixe-me ajudar com seu espartilho – ele disse, se aproximando por trás dela.

Ele a ajudou a ata-lo, de forma um pouco firme. Então, ela se sentou na cama, colocando suas botas, que haviam sido limpas pela criada e deixada ao lado da cama. Demorou para amarrar, pois desejava saber o motivo para ele querer partir tão cedo.

Perdida no século XVIII - Orgulho e PreconceitoOnde histórias criam vida. Descubra agora