Rewrite: Quando os planetas se alinham (Livro 01 - RU)

Capítulo 03 - Alya Narcisa Malfoy POV

Segundo dia de aula e a primeira aula tinha que ser poções. É a minha matéria favorita, mas tem que estar com a cabeça boa e tranquila para se sair razoavelmente bem e é bastante óbvio que não estou com os pensamentos limpos para essa tarefa. Ontem já foi difícil acompanhar as explicações. A matéria é complicada e Snape não facilita nada. Merlim me ajude.

Ontem o dia já foi péssimo como previ que seria. A nova professora de Defesa Contra as Artes das Trevas, Dolores Umbridge, é um pesadelo. Velha maldita.

Aquela discussão toda entre a nova professora, Potter e Violet estava me dando enjoos. Estava pronta para correr quando Umbridge mandou Potter e Diggory para fora. Aquilo estava me matando. Luto a todo segundo para esquecer do que aconteceu e ali tinham provas concretas de que não eram apenas memórias falsas de minha mente confusa devido a simples noites más dormidas. Mas logo tratei de me concentrar nas anotações e tudo ficou bem. Nada de choro ou crises.

Pansy, está tagarelando com meu irmão – como sempre – e Blaise a caminho da sala de poções. Ela é uma boa amiga e está sempre tentando me distrair de toda essa situação. E eu aceito de bom grado a presença dos meus amigos, pois quanto mais gente a minha volta, menores são as chances de eu cair em desespero.

— Cadê aquele traste do Theodore? – Começa Draco preocupado com o melhor amigo. – Não apareceu nem pro café.

— Ficou desmaiado no quarto... – Blaise começa a explicar, mas, falando no Diabo...

— Oi, galera! – Nott aparece de repente. Reviro os olhos. – Poxa, nem esperou por mim, Draquinho? – Ele se enfia entre Draco e eu, me empurrando para o lado.

— Tá cego, caralho? – Esbravejo.

— Putz...! Sabe que nem te vi aí. – Debocha.

Filho da puta. Decido ficar quieta. Não estou com humor para isso.

— E você nem pra me chamar, cara. – Agora Theodore se dirige a Blazz.

— Eu te chamei. Três vezes. – Se pronuncia ele.

— O que você tava aprontando ontem que não apareceu nem pro café? – Draco pergunta.

Eles se olham e parecem ter um tipo de conversa silenciosa que só eles podem entender, e com um sorriso malicioso, logo Draco parece entender o que Theodore queria dizer.

— Sabem como é, eu estava estudando até tarde. – Nott, diz, mas fica claro que estava com alguém.

Ele passa o rodo na escola, mas nunca revela detalhes, diz que "quem come quieto, come sempre". Admiro o sigilo, mas claro que nunca falei isso a ele.

— E não vai contar de novo quem era? – pergunta Blaise – Não sei como você ainda não pegou herpes ou qualquer outra doença... Nunca vi isso, o cara está todo dia com alguém diferente.

— Que calúnia! Eu me cuido. – Ele põe a mão no peito fingindo estar magoado. Se entregando. Não que houvessem dúvidas. – E com esse cardápio vasto que Hogwarts oferece, ... – ele olha para a comissão de trás de uma menina da Corvinal que estava com a saia do uniforme bem curta. Nojento – ... seria injusto que eu comesse todo dia o mesmo prato. E como disse, estava apenas estudando.

— Ou trocando "favores acadêmicos"? – Pansy entra na conversa, usando uma frase antiga de Theodore.

— Dá na mesma, Florzinha. – Ele dá de ombros.

— Sei. Mas não vai contar com quem estava estudando? – Pergunta ela curiosa.

— Estudando... Nem ler ele sabe. – Sussurro.