Capítulo 15 - Violet | Draco POV

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Violet Annie Diggory POV

Passo a maquiagem cuidadosamente ao esperar por Andy. Tentei acordar mais tarde para evitar Parkinson, mas falhei. Portanto meu dia já começou com as suas piadas baratas. Assim como fiz com o resto da escola nos últimos dias, a ignorei e segui a minha rotina normalmente.

Porque se importam tanto para quem eu abro as pernas? Pelo número de pessoas que já beijei, os boatos sempre existiram, mas esse está passando de todos os limites. Ainda assim, sei que quanto mais eu fingir não me incomodar, mais rápido me deixarão em paz.

Até porque, nem se eu quisesse poderia desmenti-los. Se eu apenas explicar o que houve, meus irmãos e eu estaríamos muito encrencados por sair da escola. Preciso aguentar a tempestade, ainda que os Weasley, Andy ou Daf digam o contrário.

Como poderia joga-los na fogueira? Tudo o que fizeram foi me acolher e me ajudar da melhor forma que puderam.

"Movo a cabeça sobre a superfície macia. Teria me aconchegado, não fosse a dor de cabeça insuportável. Levo a mão sobre os meus olhos e grunho, esfregando-os. Abro-os com dificuldade e demoro a focar a vista.

Franzo o cenho, confusa. Onde estou? Custo a entender que na minha frente há uma cortina barrando a maior parte da luminosidade e ainda mais para associar seu tom levemente avermelhado. Me sento assustada. Como caralhos vim parar na grifinória?!

Eu estava no bar. Eu estava bebendo. Eu... cantei? Tateio as cobertas ao meu lado sem delicadeza alguma, ofegante. Procuro os cabelos ruivos, se estou aqui com certeza vim acompanhada de Ginny.

Quando queremos uma noite do pijama, venho para cá. As camas da grifinoria tem dossel e Parkinson jamais aprovaria a minha melhor amiga em nosso quarto.

— Ai, ai. – Ouço a voz rouca abafada ao apertar o cobertor forte demais. O travesseiro é levantado. Ginny me observa com os olhos semicerrados e o cabelo desgrenhado. – Já acordou? Que horas são?

Nos encaramos por tempo suficiente. Porque ela age como se eu estar aqui fosse óbvio? Ginny franze o cenho e dá de ombros sem entender.

— O que aconteceu, Gingerbread?

— Nossa, você realmente não faz ideia, né? – Suas sobrancelhas se erguem.

Nego. Deveria? Digo, claro que deveria, mas... difícil. Ginny esfrega os olhos, abre um sorriso de canto e se senta. Calmamente, ela se espreguiça e quase quero derruba-la da cama, pois me sinto mais aflita a cada minuto de enrolação.

— Você ficou bêbada. – Ela diz após um longo bocejo.

— Como é? – Solto uma lufada de ar, confusa.

Explica o apagão e a dor de cabeça.

— Acredite, tivemos essa mesma reação. – Ginny ri. – Você ficou animada, engraçada. Você cantou, dançou, performou, você... – O sorriso largo se desfaz e ela me olha preocupada. – Bem...

Ela segura a minha mão e de repente, me olha compassiva até demais. A tensão no ar me deixa nervosa. O silêncio pesa, ainda mais ao escutar a sua respiração funda.

— Olha, V... – Sua hesitação me faz ofegar.

— ACORDARAM?!

Gritamos quando a cortina é puxada de uma vez. Ouço a risada na confusão. A animação, o susto e a luz solar destroem a atmosfera.

— Cuzões! – Ginny atira o travesseiro em Fred, revoltada.

— FRED!? Como vocês conseguiram subir no dormitório das garotas?! – Soo esganiçada.

Rewrite: Quando os planetas se alinham (Livro 01 - RU)Onde histórias criam vida. Descubra agora