Capítulo 14 - Alya Narcisa Malfoy POV

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Olá, mamãe. Como vai? Como estão as coisas em casa agora? Espero que bem.
Ao fim de outubro acontece o Baile de Encerramento do Torneio, evento este que não nos foi avisado previamente. Severus me comunicou que terei que fazer parte da mesa dos campeões, já que fui convidada de Diggory no ano passado, portanto, terei que vestir algo adequado para a ocasião.
Se puder me mandar algumas amostras de tecidos para dar uma olhada, ficarei grata. Mande o que achar do meu agrado. Confio no seu primor e aptidão. Podemos escolher o modelo juntas.
Me conte as novidades.

Alya N. Malfoy
PS: Draco pediu ajuda com o terno.

Admiro minha caligrafia perfeita. Anos de prática com a própria remetente.

— Draco? – O chamo.

— Sim? – Ele tira os olhos de seu prato na mesa do Salão Principal.

— Quer acrescentar mais alguma coisa?  – Lhe entrego o pedaço de pergaminho, que lê rapidamente.

— Não. – Draco me devolve, sem muito ânimo.

— Que bicho te mordeu? – Pergunto com uma sobrancelha erguida.

Coloco o pedaço de papel dentro do envelope característico da família Malfoy. Preto. Elegante.

— Nenhum. – Ralha.

— Sei... – Escrevo o nome de mamãe com tinta prata no envelope. – Está assim desde cedo.

Ele é mal-humorado por natureza, porém seu desânimo e essa cara de quem chupou limão não me enganam.

— Ele está assim desde ontem à noite, para falar a verdade. – Theodore se intromete. – Estou achando que o Draquinho comeu e não gostou. – Ele passa o braço no ombro do amigo. – Ou será que não comeu. – Sorri maliciosamente.

— Cala a boca, Theodore. – Draco se afasta do toque do amigo. – Não tenho porra nenhuma. Parem de encher o saco.

— Não tá mais aqui quem falou. – Levanto as mãos em rendição, desculpas.

Nott parece não ter entendido e continua fazendo gracinha com meu irmão.

— Que menino mais in-su-por-tá-vel... – Murmuro.

— Não mais que você, Malfoy. – Theodore responde de imediato.

Que ouvido de tuberculoso! Mesmo com o barulho do Salão cheio ele ainda foi capaz de escutar.

Respiro e me viro para olhá-lo. Um sorriso debochado em seu rosto, fazendo questão de mostrar todos dentes brancos e alinhados. Idiota.

Devolvo o sorriso forçado da mesma forma.

— Dente de cavalo. – Ele deixa somente os dentes superiores amostra, tentando me insultar.

— Meu Deus! – Coloco as mãos no rosto, fingindo surpresa. – Deixaram fugir um dos animais da Professora Grubbly-Plank! – Estico um pouco a cabeça para ver melhor por trás de Draco. – Oh não, é somente você.

— Não sou eu quem—

— Dá pra vocês dois pararem?! – Draco interrompe Theodore, colocando um fim em nossa discussão.

Nott mostra o dedo do meio para mim pelas costas de Draco. Antes que pudesse prever, capturo seu dedo e o viro em uma posição nada anatômica. Seu rosto se retorce de dor.

— Vocês parecem crianças! – Meu irmão esbraveja. – Acham que eu não sei o que estão fazendo aí.

Theodore livra seu dedo dos meus.

Rewrite: Quando os planetas se alinham (Livro 01 - RU)Onde histórias criam vida. Descubra agora