Capítulo 06 - Theodore Apolo Nott POV

61 5 8
                                    

— Anda com isso, Theodore! – Draco esbraveja ao lado de fora do armário de vassouras.

— Por Merlim...Oh! – Geme Susana Bones. – Que vergonha.

— Tudo bem, Susy. – Digo ofegante. A voz trêmula por estar investindo nela com força. – Draco é discreto.

O ano mal começou para me aventurar de forma tão imprudente em plena luz do dia, mas precisava esfriar a cabeça. As férias são sempre traumatizantes para mim. Se pudesse, nem para casa eu voltava, mas não tenho escolha. Então, esse é o melhor jeito de me realinhar.

Aperto as coxas da ruiva e fecho os olhos com força, tentando imaginar que os cabelos que fazem cócegas em minha boca são tão loiros quanto os do meu melhor amigo que vigia a porta do lado de fora, certamente com a maior cara cu que bem sabe fazer.

— Posso?  – Pergunto a ela, indicando que já estou chegando em meu máximo.

Não posso sair daqui sem que ela tenha chegado lá também, não é? Eu tenho uma reputação a zelar.

Bones somente afirma, mordendo os lábios.

— THEO! – Draco grita mais uma vez, porém não respondo.

Invisto mais algumas vezes até me retirar e finalizar o ato. Tiro a varinha do bolso de trás e lanço um simples feitiço de limpeza. Esse a gente aprende antes mesmo de ter pelos no saco.

Lhe dou um último beijo profundo antes de soltá-la para juntar meu uniforme do quadribol, já que pelos gritos de Draco, devemos estar atrasados.

Visto a blusa, as luvas e todo resto da parafernalha que não serve de muita coisa, se você quer saber. Uma bolada na cabeça e já era.

— Nos vemos a noite, Theo? – Pergunta Susy enquanto alisa as vestes da Lufa-Lufa.

Levanto o olhar sem saber o que falar, mas tenho que ser rápido.

Passo o braço por seus ombros, nos levando até a saída para ganhar tempo.

— Hum, na verdade, não sei se vou poder. – Abro a porta e encontro Draco escorado na parede ao lado. – Temos um lance a noite.

Draco finge uma tosse para disfarçar o riso que quase escapou. Filho da puta. Mostro o dedo do meio para ele sem que Bones veja.

Ela logo murcha o sorriso. Droga. Não posso perde-la da lista de contatos. É tão... quietinha. Me ajuda quando preciso fingir que é quem eu gostaria que fosse debaixo de mim. Mas no momento estou mais interessado em seu amiguinho da corvinal, Stephen Cornfoot.

— Mas vamos nos falando, Su. – Beijo sua bochecha e sussurro em seu ouvido. – Adorei esse sutiã, gata.

Seu sorriso volta ao rosto e me parabenizo mentalmente. Daria um tapinha em minhas próprias costas agora.

Susana se vira para ir embora, mas para e arregala de leve os olhos quando vê que Draco estava bem atrás dela, e como ele é idiota, levanta as sobrancelhas em malícia para a coitada.

Seu rosto assume uma coloração avermelhada, mas somente o desvia e sai em passos apressados, quase correndo. 

Viu só? Quietinha. Discreta... É uma boa parceira.

— Seu otário. – Empurro o braço de Draco já em direção ao campo. 

— O que eu fiz, caralho?! – Ele se faz de sonso.

— Você sabe. – Rolo os olhos. – Ela é tímida.

— Jura? Deu para notar pelos gemidos. – Diz com sarcasmo.

Rewrite: Quando os planetas se alinham (Livro 01 - RU)Onde histórias criam vida. Descubra agora