Capítulo 17

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PARK JIMIN

Era oficial. Eu estava em todas as revistas e sites de fofoca que existiam. Havia uma foto minha sendo carregado pelo Jeon, outra foto levando um tapa na bunda, e outras milhares de fotos que tiraram dele me beijando. No meu celular tinha trinta chamadas perdidas do meu pai, que provavelmente estava enlouquecendo em casa, ouso dizer que já estava beirando a esquizofrenia.

_Eu vou ser deportado do meu próprio país pelo meu pai._ disse ao ler os sites de fofoca._ É perigoso ele até trocar meu nome.

_Ele não iria tão longe._ Jeon disse mexendo no celular.

_Verdade, me manter em cativeiro seria a opção mais inteligente._sussurrei mais pra mim do que pra ele.

_Exagero._ ele disse rindo.

_O que olha tanto nesse celular?_ perguntei curioso.

_Trabalho._ disse sério.

_Você trabalha com o que?_ eu sabia que ele era mafioso, traficante ou sei lá mais o que, mas nunca havia perguntado nada pessoal demais assim pra ele.

_Importação._ ele disse simples.

_De drogas? Pessoas? Órgãos?

Ele me olhou incrédulo e começou a rir alto. Estávamos na casa dele, sentados no sofá, e ao redor tinha vários homens armados.

_Quem acha que eu sou? Bin Laden?_ perguntou ainda rindo alto._Sua mente é criativa.

_Claro! Sua casa tem mais homem armado que nas casa branca._ retruquei irritado.

_Quanto menos souber, mais seguro fica._ disse suspirando.

_ Quer algo sério comigo escondendo as coisas?_ indaguei.

_ Que eu saiba você só está me usando para irritar seu pai._ Jeon disse sem me olhar._Surpreso que eu saiba?

_Na verdade sim._ respondi confuso.

_Eu percebi quando olhava com certa animação as revistas de fofocas._ele disse dando de ombros._Não sou nenhum idiota.

_Jeon...eu...

_Darei o que quiser, não precisamos nos envolver mais._ele disse por fim.

_O que?

Vi sua áurea enfraquecer, como se estivesse sumindo, ficando mais transparente. Comecei a olhar confuso para a áurea dele, e um certo desespero que até então eu não conhecia, atingiu meu coração.

_Esta tudo bem? O que tanto olha em mim?_ele questionou.

_Nada._falei ainda sentindo aquela dor confusa.

_Quem nada é peixe, desembucha._falou irritado.

A verdade é que minha alma chamava pela alma de Jungkook a todo segundo, mesmo que eu corresse na direção oposta, era totalmente impossível ir contra isso. Chegava a ser ridículo todas as minhas tentativas.

_Você acredita em destino?_ perguntei sério.

_Tipo almas gêmeas?

_Sim, tipo isso.

Ele me olhou tentando entender onde essa pergunta pararia, mas meu olhar era tão indiferente que provavelmente ele não conseguiria ir tão longe.

_Sim._falou suspirando._Mas acredito mais ainda em live arbítrio.

_Como assim?

_Que você tem o direito de escolher o que quer, e isso está acima do destino e da vontade espiritual._ respondeu ainda com sua atenção no celular.

_Entendi, faz sentido._respondi pensativo.

_Por que a pergunta?_perguntou curioso.

_Nada demais, somente curiosidade._ falei dando de ombros.

Na realidade não era somente por curiosidade. Eu sabia dos meus sentimentos por Jeon e do destino que me perseguia. Mas eu não conseguia entender se os meus sentimentos eram puros ou se eram somente resultado da áurea que nós rodeava. Eu queria estar com ele o tempo todo, queria ouvir a risada dele.... Mas a única coisa que eu conseguia, era estragar as coisas. Ele estava tão lindo jogado assim no sofá, como se nada o pudesse atingir, fingindo que não estava magoado comigo. Seus olhos estavam atentos ao celular, e seu cenho franzido dava a entender que resolvia problemas. Será que eu havia o metido em algum problema com essas fotos? Com toda essa exposição?

_O que tanto olha?_ele perguntou sem me olhar.

_Você._pensei alto.

_Gosta do que vê?

Eu gostava muito do que via. E provavelmente isso já era óbvio, mas eu jamais diria em voz alta.

_Você me ama?

Minha pergunta atingiu todos os sentidos de Jeon Jungkook. Sua digitação que antes era rápida na tela do celular parou, e pude perceber que ele prendia a respiração. Minha pergunta pode ter soado ousada, mas eu precisava saber para que pudesse me decidir. Ele virou seu olhar para mim e me encarou confuso, como se aquela pergunta fosse a mais absurda do mundo. Mas ele sabia que não era nem um pouco absurda.

Ele bloqueou o celular e colocou na mesinha a nossa frente. Se inclinou na minha direção, fazendo com que eu caísse de costas no sofá, me deitando com ele por cima. Sua respiração era calma, e seu perfume inebriante, eu tentava manter meu coração calmo, mas parecia impossível. Ele encostou sua testa na minha e respirou fundo, provavelmente perdido em seus pensamentos. Naquele momento, os homens armados que estavam na sala, saíram da mesma e fecharam a porta.

Ele fechou os olhos e depositou um beijo em minha testa, e depois um em meu nariz, bochecha e quando se aproximou da boca, abriu os olhos e sorriu fraco.

_Como faço para o meu amor alcançar você, Park Jimin? Eu terei que enlouquecer? Que roubar um banco? O que eu preciso fazer para que quebre essa muralha que cria entre as pessoas que se aproximam de você? Eu pensei que meus sentimentos fossem visíveis o suficiente, eu pensei..._seus olhos estavam fechados novamente, mas dava pra perceber que estavam marejados._Eu pensei que não faria isso, eu nem sei por que meu coração dói com suas atitudes difíceis de entender._fez uma breve pausa e continuou._É como se esse sentimento estivesse me sufocando, como se meu coração estivesse prestes a explodir e eu não pudesse fazer nada.

_Jeon...

_Eu só queria que não complicasse tanto as coisas._disse por fim, e enfiou o rosto no meu pescoço.

Sua áurea ficou mais forte e então meu coração faltou sair pra fora da boca. Meu cérebro estava fora de si, pensava coisas confusas, e parecia estar em conflito. Ele me abraçou mais forte e pela primeira vez eu senti aquela famosa sensação de conforto.

Eu me senti ...

Em casa.

_Podemos tentar?_ele perguntou ainda com o rosto enfiado no meu pescoço.

_Sim. Podemos.

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Eu voltei meninas, e digo mais, voltei com tudo!!!!🌼

Ps: perdoem os errinhos, eu tô meio sem tempo por causa da faculdade.

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