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— Princesa Theodosia

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— Princesa Theodosia.

Theo ouviu a voz de Antonieta reverberar pelo quarto quando a mulher bateu na porta, sendo ela a responsável por cuidar da única filha do Grão-Senhor da Corte Outonal. Mas a princesa já estava acordada. Seu corpo e mente já tinham se acostumado a despertar no meio da madrugada.

Antonieta, uma humana de um metro e cinquenta e cinco, de cabelos lisos e escuros, a pele pálida e fina demais por se alimentar tão pouco. Seus olhos castanhos cansados miraram a fêmea sentada na cama quando adentrou o cômodo.

O quarto de Theo era enorme, obviamente. Só o melhor para a Princesinha das Chamas. Era assim que o povo a chamava. Sempre foi a favorita entre os filhos de Beron, por sua gentileza e animação. Quando era mais nova, costumava participar das festas na cidade, dançava com os cidadãos e cantava todas as músicas que sabia, até ficar tão cansada que Eris ou Lucien tinham que carregá-la no colo para casa.

Depois que Beron chamou a filha para uma reunião, quando ela tinha doze anos e a deu um propósito, ela não podia ir mais a festa alguma fora do complexo em que os Vanserra viviam. Os únicos eventos sociais em que participava eram os que aconteciam dentro dos muros do Palácio da Outonal.

— Lorde Brynjar está esperando-a — Antonieta avisou gentilmente, seguindo em direção ao imenso armário que ficava em uma das extremidades do quarto.

Theo tinha vestidos lindíssimos, mas não usava nenhum deles durante as madrugadas. Ela usava um conjunto de camiseta e calças em branco. A humana a vestiu e escovou seu cabelo curto e cobreado. Quando era mais nova, seu cabelo era enorme e repleto de ondas ruivas, mas o comprimento começou a atrapalhar os experimentos, e Beron mandou que a garota cortasse-o.

Assim que saiu do quarto a frente da escrava humana, ela viu que os dois guardas já estavam cruzando o corredor para acompanhá-la para os andares inferiores da Casa na Floresta. Theo não entendia porque eles sempre agarravam seus braços com tanta força. Sabiam que ela não tentaria fugir.

Andar pós andar, Theodosia foi guiada para as profundezas do complexo dos Vanserra. O lugar em que ela passava tantas horas era ainda mais abaixo que o calabouço. Pouquíssimas pessoas tinham permissão de visitarem.

Estava andando por um dos corredores cavernosos, iluminados por fracas tochas penduradas pelas parades de pedra. O silêncio tomava todo o local, e apenas seus passos e sua respiração podiam ser ouvidos.

Seu corpo começou a tremer quando avistou Brynjar Njord parado a frente da porta. Ele abriu um sorriso macabro enquanto Theo era arrastada até lá.

— Podem colocá-la na maca — o Mestre de Armas da Corte Outonal ordenou aos guardas, que levaram-a para dentro da câmara.

O local também era escuro. Cheirava a metal enferrujado. Havia uma escrivaninha próxima de uma das paredes, repleta de papéis com as anotações de Brynjar. Estantes escuras cobriam a parede contrária, repletas das ferramentas e elixires usados em suas sessões. E a maca.

 𝐅𝐈𝐑𝐄𝐁𝐈𝐑𝐃, acotar; azriel Onde histórias criam vida. Descubra agora