‧₊˚ 𝐏𝐀́𝐒𝐒𝐀𝐑𝐎 𝐃𝐄 𝐅𝐎𝐆𝐎 ‧₊˚
Azriel levou duzentos anos para esquecer Theodosia. Ao menos, tinha convencido a si mesmo de que tinha conseguido. Mas precisou ir em busca da princesa há muito desaparecida da Corte Outonal porque ela era a úni...
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— Azriel — Theo arfou, ofegante. — O que está fazendo aqui...
Antes que pudesse terminar de perguntar, Azriel se aproximou, fazendo-a voltar para dentro do quarto. Ele fechou a porta antes de segurar o rosto de Theodosia com as duas mãos.
Ela engoliu em seco, sentindo a respiração fria e descompassada do Encantador de Sombras contra sua pele. Quase que inconscientemente, levou as mãos aos pulsos dele, certificando-se de que ele não a soltaria.
— Para onde estava indo? — ele perguntou com o tom uma oitava abaixo do normal, os olhos de avelã engolindo a figura menor. As mãos começaram a afagar as maçãs do rosto dela lentamente, o toque tão leve e delicado que fez a fêmea estremecer.
— Estava indo procurar você — admitiu ela, apesar do nó na garganta.
Azriel soltou um suspiro profundo com aquela resposta, fechando os olhos por um instante, colando sua testa á de Theodosia.
Ela não sabia o que dizer. Não sabia o que fazer. Tudo o que sabia é que não podia deixá-lo partir.
— Eu precisava voltar — Azriel disse. — Eu tinha ido embora, de volta para o meu quarto. Mas eu precisava voltar para você.
E de fato, Azriel estava com o cabelo escuro úmido e estava vestindo outras roupas. O cheiro natural de neve e cedro misturado com sabonete encheu as narinas de Theodosia.
Theo se viu segurando os pulsos de Azriel com firmeza, como se ele fosse algo vital que ela não fosse capaz de abrir mão, como se precisasse daquele toque mais do que ar para respirar.
O illyriano sentiu a urgência no aperto dela e estremeceu, suas mãos descendo para os ombros dela, apertando-os por um instante enquanto ele inspira a o ar — inspirava o cheiro dela.
As sombras deixaram as costas do Encantador e foram até Theodosia, descendo até os mamilos eriçados marcados pela camisola branca quase transparente.
A ruiva fechou os olhos, a respiração ficando presa na garganta diante daquela carícia fria. Azriel subiu uma das mãos para a nuca dela, pressionando sua pulsação do pescoço com o polegar enquanto os outros dedos se embolavam nas mechas ruivas do cabelo dela.
Theodosia soluçou quando o Encantador de Sombras a puxou para mais perto. Ainda de olhos fechados, ela se sentiu trêmula, precisando segurar a camisa dele em punhados para apoiar o próprio peso. Isso não pareceu incomodá-lo, na verdade, Azriel subiu a mão livre para o rosto dela novamente, deixando o queixo da fêmea entre seus dedos.
— Abra os olhos — a voz de Azriel soou grave, a respiração causando arrepios na pele de Theodosia. — Olhe para mim.
Theodosia engoliu em seco, obedecendo. Ela sentiu sua mente girar ao retribuir o olhar do Encantador de Sombras, onde havia um misto de fome e urgência.
