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Azriel se revirava na cama sem parar, sonhando

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Azriel se revirava na cama sem parar, sonhando.

Eles estavam perdendo a batalha.

Milhares de feéricos cruzavam o céu com o corpo inteiro em chamas, queimando a tropa de illyrianos até a morte.

Estavam perdendo a guerra, até a escuridão cobrir o campo de batalha feito um manto.

Estavam perdendo, até um pássaro de fogo surgir no alto do cume.

E quando o pássaro de fogo bateu as asas, as chamas atravessaram o céu e se juntaram ao breu.

Uma batalha se desenrolava no solo, mas todos se distraíram com os gritos vindos do céu, quando fogo e sombra se uniram.

Sangue começou a chover do céu, viscoso e quente, cobrindo os soldados e manchando o solo.

Azriel sentiu os pingos caindo por seu rosto, o gosto nos lábios e o cheiro impregnando em suas roupas.

E então, ele não estava mais no campo de batalha, mas na Prisão, revivendo uma lembrança.

— Há uma profecia sobre dois seres. Seres esses, que podem salvar a todos ou adiantar o desastre, dependendo de qual rumo querem seguir — Ophelia explicou calmamente. — Um deles é feito de escuridão, pura e gélida. Capaz de matar com um simples chicotear sombrio.

"O outro, é chama viva, selvagem e impiedoso. Pode incendiar o mundo inteiro, se assim desejar. Com um único pensamento, pode reduzir a pó uma cidade inteira."

— A escuridão pode conter o fogo, assim como o fogo pode reprimir a escuridão. São opostos, mas conseguem se encaixar e encontrar o equilíbrio — Ophelia continuou dizendo. — São chamados de Breu e Pássaro de Fogo.

— Isso é loucura — o macho disse com escárnio.

— Isso é o seu destino, Azriel. — Ophelia garantiu, antes de se aprumar e coçar a garganta, como se estivesse se preparando para fazer um discurso.

E então, a fêmea começou a recitar:

"Quando fogo e sombras se cruzarem no céu
Quando lágrimas de sangue choverem sobre a terra
O beijo do Pássaro de Fogo e do Breu marcará o início dessa cruel era
E com a morte de ambos o caos se encerra."

Azriel foi levado para fora da Prisão, atacado por vários cenários surgindo, um atrás do outro.

— Theodosia! — ele gritava, atravessando o campo de batalha, desviando dos soldados que lutavam entre si.

— Azriel! — Theo respondeu de volta, muito distante. Ela estava pálida e enfraquecida. Sua voz soava fraca, e seus passos lentos demais para o local sangrento em que estavam.

Mas ela usava todas as forças que tinha para chegar ao parceiro. Desviava dos soldados, saltava por cima dos corpos no chão, com os olhos concentrados em Azriel.

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⏰ Última atualização: Sep 06 ⏰

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