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                           Cl7

  Saio da minha Mercedes, ainda com o meu celular na mão. Entro na minha casa já tirando o meu tênis da Nike. Me jogo no sofá, ainda rolando pelo instagram.

  Guardo meu celular no bolso e tiro minha camiseta, indo direto pro meu quarto. Vou até a minha suíte e tomo um banho rápido, vestindo um short preto leve.

  Deito na cama e fico olhando pro teto. Fecho os olhos imaginando como teria sido uma noite com aquela garota se o celular dela não estivesse tocado. Gostosa pra caralho...

  Logo depois de um tempo pensando em alguns bagulho, eu apago.

[...]  (07:04).

  Acordo com meu despertador tocando e me estico, desligando o mesmo. Sento na ponta da cama coloco as duas sobre a cabeça, tentando espantar esse sono do caralho.

  O foda de ir pro baile é que no outro dia a ressaca é fodida. Fora que eu mal durmo porque eu tenho que acordar cedo pra adiantar os bagulho lá da boca, se não fica tudo desorganizado e atrasado.

  Me levanto da cama e vou até o banheiro. Tomo um banho, faço minhas higiene de sempre e visto uma bermuda mais leve, junto a uma camiseta preta. Coloco meu relógio, passo meu 212 pelo corpo, e por fim, o meu óculos.

  Resolvo tirar uma foto pra postar no instagram, obviamente minha conta é privada.

Instagram - @caioluccas

@caioluccas: no traje🙅

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@caioluccas: no traje🙅

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@xylett: q gatinho, amor

@xusagr: homi bonito da porra

@juju.mk: qual foi, 9vin, assim vc acaba com meu ❤
   Curtido por @caioluccas e mais 51 pessoas...

@borgeslp.17: queria acordar nessa disposição

Comentários'

  Desligo meu celular, guardando no bolso logo em seguida. Desço pro primeiro andar e vou direto pra cozinha. Preparo uns dois mistos rápido, junto a uma xícara de café com leite. Bagulho bom.

  Termino de comer, lavo logo o que eu sujei pra não acumular e saio de casa. Monto na minha CG 160 e pio direto pra boca. Abro a porta da sala dando de cara com o mano Vk escorado no sofá de couro que tem aqui na sala, dando uma tragada na carreira de cocaína. Nego com a cabeça por saber que ele já foi parar no hospital por causa desses bagulhos aí. Ele só usa essas paradas quando tá pilhado com algum problema.

Cl7: Qual foi, mano Vk?! - atraio a atenção dele que me olha e da um sorriso desleixado, fazendo um toque de mão comigo. Me sento na minha cadeira e acendo um baseado, dando uma tragada e logo em seguida soltando a fumaça logo em seguida. - veio fazer o que aqui? Quase nunca bota as caras. - digo fazendo ele rir enquanto se ajeita no sofá.

Vk: Vim resolver os negócios do assalto que a gente vai fazer na joalheria. - ele diz dando mais uma tragada na carreira de pó. Visivelmente ele tá mentindo, já que sempre que nos vai tratar desses assuntos, ele tá sóbrio.

  Conheço esse guri desde pequeno, pô. Cresci junto, arrumando problema com o morro todo junto com os crias. Conheço na palma da mão qualquer um deles.

Cl7: Te conheço, Vk. - digo atraindo a atenção dele. Me escoro na cadeira, soltando a fumaça do baseado. - tá pilhado com o que? - questiono interessado em saber qual o problema da vez. Traficante não tem paz, 'mané.

Vk: Tô dizendo, caraí. - ele diz soltando um riso fraco, porém logo mudando a expressão novamente ficando sério. Olho confuso pra ele e me levanto da cadeira, indo em direção à o mesmo. Me sento do lado dele que me olha com os olhos já vermelho, nego com a cabeça. - uns bagulho que tá me pilhando aí, nada de mais. - ele diz sem dar importância.

Cl7: Tudo sabe que o que tu me falar fica entre nós, né?! - questiono pra ele que me olha de relance concordando com a cabeça logo em seguida. Abro os braços óbvio pra ele. - parece que não, pô! - digo serinho enquanto ele apenas me encara. - nos cresceu junto, confia em mim não, caralho? - questiono realmente puto. Ele apenas concorda com a cabeça.

Vk: Uma mina aí, pô! - ele diz tentando não demonstrar interesse. - nada demais. - ele acrescenta, fungando logo em seguida. - sabe aquela mina que eu te falei que eu tava ficando e que ela era da igreja? - ele questiona e eu concordo com a cabeça me ajeitando no sofá. - então, acho que eu tava curtindo ela até demais. - ele diz olhando para um ponto fixo da sala. - mas ela não sentia o mesmo por mim, eu acho... - ele diz com uma expressão confusa no rosto.

Cl7: Acho que isso que tu sentia ou sente por ela, não é só curtição não, mano. - digo já percebendo o jeito que ele fala dela. Ele me olha de relance mas logo desvia o olhar. - tem certeza que tu só curte ela ou tá só tentando se enganar? - ele me encara negando com a cabeça, sopro a fumaça do baseado me sentindo o próprio psicólogo. Ele coloca as duas mãos sobre a cabeça, mantendo sua expressão confusa.

Vk: Eu num sei, tá ligado? - concordo com a cabeça. - na verdade eu nunca sei de nada quando se trata dela, parece que ela fez um feitiço pra eu pensar nela todos os dias, a cada minuto. - ele da um risada fraca com um mínimo sorriso no rosto, apenas escuto ele. - eu queria tanto que ela estivesse aqui comigo. - ele diz, aparentemente frustrado. - eu só queria ela...

Cl7: Ela mora lá no morro? - ele nega e levanta o olhar pra mim, me fazendo permitindo ver seu olho vermelho, não só do uso do pó, mas sim de choro.

Vk: Ela mora em Goiânia. - ele diz antes de suspirar pesado. - ela foi embora a uns 5 dias atrás, ela preferiu ir do que ficar comigo. - suspiro fraco dando leves tapas no ombro dele.

Cl7: É foda, mano. - digo sentindo por ele. Espero nunca ter que passar por isso, papo reto. - mas não esquenta cabeça com isso não, Vk. - digo pra ele que ri fraco negando com a cabeça voltando a abaixar o olhar pro chão. - amor é um bagulho complicado, tá ligado? Acontece, pô! Talvez essa dor que tu tá sentido. - bato de leve no peito dele que me olha com os olhos marejados. - nunca sicatrize de verdade. Tu só vai aprender a conviver com essa dor esse vai levar de aprendizado pra vida. - ele concorda passando a mão no rosto e dando um meio sorriso.

Vk: Tu não tá entendendo, Cl7. - ele diz limpando algumas das lágrimas que caíram sobre o seu rosto, cruzo os braços olhando confuso pra ele. Agora quero saber dessa porra toda. - eu perdi ela por coisa de momento, tá ligado? - ele diz com a voz meio trêmula enquanto algumas lágrimas ainda caem sobre seu rosto. Eu ainda tô confuso, coisa de momento?

!!

Já quero escrever outra história, pqp. Se essa história não engajar eu paro de fazer história, papo

Até o Final.Onde histórias criam vida. Descubra agora