Até o Final.

006

                       Karina
    3 dias depois...

  Saio da loja onde eu trabalho e fico ali na porta, esperando um dos vapores do Borges virem me buscar. Logo depois de alguns minutos, ele chega. Murmuro um boa tarde e subo na moto, ele apenas acena com a cabeça e da partida pro morro com a moto.

  Ele me leva até a porta da minha casa e eu desço da moto tirando o capacete e o entregando. Ajeito meu cabelo antes de lhe dar um sorriso simpático.

Karina: Obrigada, viu?! - ele da um mínimo sorriso e faz toque comigo.

  Dou as costas entrando na minha casa e jogo a mochila junto a outros tênis em qualquer lugar. Tem dias já que eu estou trabalhando pra caralho! Não tive folga então eu vou as 12:00 da manhã e volto só as 18:30.

  Porém recebo bem demais, né. Por money eu faço tudo que for preciso!

  Vou até a cozinha sentindo a minha barriga doer de tanta fome e abro o armário vendo a melhor maravilha do mundo, lasanha de carne moída, junto com arroz e salada de maionese. Puta merda, eu amo isso aqui!

  Logo me sirvo de um prato cheio e pego um suco de maracujá natural para equilibrar, né?! Me sento na mesa e começo a comer, logo após lavo o que eu sujei e tiro minha blusa ficando só de sutiã. Não tem ninguém além de minha mãe em casa mesmo.

Karina: Mãe! - grito já no final dos degraus da escada, logo que coloco meus pés no chão da sala tenho a visão dela sentada no sofá sorrindo pra mim, com um homem sentado ao seu lado, Cl7. - Oi?! - digo meio confusa, ele apenas desvia o olhar dando um sorriso unilateral, me fazendo finalmente me tocar de que eu estou sem blusa e apenas de sutiã. - olha, eu já volto. - dou as costas sem ao menos esperar uma resposta dos dois.

  Entro no meu quarto fechando a porta desesperada instantaneamente. Porra, o que ele tá fazendo aqui? Que merda.

  Visto uma blusa melhor e permaneço com a calça, não vou deixar eles esperando. Saio do meu quarto e vou até eles, aceno com a cabeça pra ele ainda meio confusa, fazendo ele acenar de volta.

Nina: Então, amor, o Caio disse que você esqueceu uma coisinha com ele. - cruzo os braços e franzo o cenho confusa.

  Como que um traficante diz o nome pra uma pessoa que nem se quer conhece? E o que eu esqueci com ele?

Karina: Olha, acho que é não esqueci nada com você não. - digo colocando as minhas mãos nos bolsos de trás da minha calça jeans e ele nega com a cabeça tirando algo do bolso e me estendendo a mão. Olho pra mão dele vendo meu colar com o pingente do espaço que o meu pai me deu, antes de falecer. Na mesma hora pego da sua mão, olhando novamente para ele. - como isso tava com você? - questiono confusa. - quer dizer, obrigada de verdade! Isso é muito importante para mim. - olho novamente para o pingente, isso me traz boas lembranças...

Cl7: De boa, pô! - ele diz enquanto se levanta. - vou indo já. - minha nega freneticamente. Mãe, não torna isso mais difícil pelo amor de Deus.

Nina: Olha, eu queria agradecer a você de alguma forma, afinal aguentar essa garota fazendo o dia inteiro de cara fechada o dia inteiro por causa desse colar não foi nada fácil. - ele me olha de relance rindo e eu desvio o olhar morrendo de vontade de evaporar. - não quer jantar aqui hoje? Vai ser super rápido! - ela diz me fazendo quase da um pulo, mas me seguro pra não parecer maluca. Ele coça a nuca meio sem jeito, provavelmente querendo negar. - não vai fazer desfeita, né?! - ela pressiona o coitado.

Cl7: Olha, dona Nina, vai ser rápido de verdade? - ele questiona meio indeciso fazendo ela continua concordar. Mentira, ela demora horrores pra fazer o jantar. - pode ser então! - ele diz fazendo ela dar um sorriso largo. Poxa, pretinho. Justo hoje?

Nina: Tudo bem, vou lá! - ela diz sem esperar nossa resposta e sai, deixando apenas nos dois na sala, NOS DOIS.

  Dou um sorriso pra ele meio tímida e sento no sofá, ele faz o mesmo. Porra, nunca cheguei nessa fase, o que eu falo?

Karina: Foi mal pela minha mãe, ela é bem insistente quando quer algo. - digo ainda meio sem jeito e ele nega com a cabeça rindo fraco.

Cl7: De boa, ela é super gente boa, pô. - dou risada, porém concordando. - tu mora só com ela ou mora com mais alguém? - faço um coque no meu cabelo antes de dizer.

Karina: Na verdade, a minha irmã também morava aqui, mas agora mora com o namorado dela. - resumo fazendo gestos com a mão pra ele que presta atenção no que eu falo, concordando com a cabeça logo em seguida.

  Nem da pra eu perguntar nada sobre a vida dele, afinal ele é traficante e são todos desconfiados. E estão certos, né.

Cl7: Vi teu Instagram, e pá. - ele chama a minha atenção. Meu insta? - tu é modelo? - ele questiona mostrando realmente está interessado no assunto, o que de certa forma me deixa meio animada. Amo quando estou falando algo e prestam atenção!

Karina: Na verdade, sim e não. -ele me olha confuso. - é que eu faço sim algumas publicidades para marcas de roupas, porém meu forte me esmola é maquiagem. - ele concorda com a cabeça.

   O papo flui perfeitamente, na verdade eu falei mais que tudo. Ele só sabia fazer perguntas.

  Nossa, parando pra pensar, e se ele estiver tentando saber mais sobre mim pra me sequestrar? Porra, agora fudeu foi tudo.

  Não posso deixar minha filha sozinha, ela iria morder todo mundo.

  Balanço a cabeça de um lado para o outro tentando espantar essas neuras da minha cabeça e começo a descer os degraus da escada, sentindo o homem atrás de mim me acompanhar também.

  Logo que entro na cozinha, sinto um cheirinho de uma comida que eu amo, escondidinho. Porém, infelizmente, eu estou cheia, só tem espaço pra sobremesa agora.

Cl7: Cheirinho mó bom. - ele diz se sentando na cadeira, minha mãe sorri e olha pra mim, que estou escorada no balcão de braços cruzados observando os dois.

Nina: E tu? Não vai comer não? - minha mãe questiona se servindo.

Karina: Já comi. - digo admirando minhas unhas super lindas. Nossa eu sou muito gata.

  Sento no balcão enquanto fico lambendo a panela de chocolate que a minha mãe fez. Nossa, amo chocolate.

!!

Fiz na pressa

Inclusive, queria mt fazer outra fic