7 - Never Fall

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Meu coração para de bater.
É impossível. É geneticamente, biologicamente impossível o Bakugou se apaixonar. É mais fácil seu coração explodir de repente do que amar. E principalmente a mim, ele me odiava quando crianças.

_ que?! Cheirou pó? _ quase grito, assustada. Puxo Ashido pelo braço até meu dormitório e fecho a porta atrás de nós _ bebeu, fumou, está dopada? Drogada? Está com febre?

_ pensa só. Ele nunca foi, e agora vai, mas só depois de eu falar que você iria! _ a mesma se anima.

_ você bebeu de mais. Passa o nome desses teus alucinógenos ai, parecem bons _ brinco, ironizando.

_ é serio, Aizawa! Eu to falando sério! _ Ashido insiste, tirando os sapatos e se sentando na minha cama _ quarto bonito.

_ ele não gosta de ninguém a não ser o "Morte" e o "Bomba", seus punhos _ ironizo novamente, desacreditada de que alguém que conhece Bakugou realmente pensa messa possibilidade.

_ ah, deixa quieto _ a mesma bufa e se deita, folgada _ o que acha de nos encontrarmos aqui? É super confortável. Olha o tamanho dessa TV!

_ nem pense nisso! Pessoas que eu não conheço direito entrando no meu espaço pessoal?! É mais fácil eu beijar aquele moleque baixinho, Mineta.

_ eca!

_ viu, eca _ rio e me sento ao lado dos pés de Ashido.

_ ei... Mas eu entrei aqui _ a mesma se senta, de repente, reflexiva.

_ eu confio em você... _ confesso, tímida. Escondo minha boca com a mão, tentando disfarçar meu orgulho ferido de ter falado isso em voz alta. Recebo um abraço forte e um grito agudo diretamente no ouvido.

_ ah!! Eu também te amo! _ a mesma parece extremamente animada _ tipo melhores amigas!

_ não é para tanto. Te conheço a dois dias!

...

Me sinto pessoalmente atacada, ofendida.
Ele não confia em mim. Não me quer livre, sendo o que sou, mesmo que não natural.

_ como pôde?! Você mandou alterarem os remédios? Por que, ao invés de me treinar como os outros, você só criou remédios mais fortes para me suprimir? _ grito, segurando a lágrima.

_ eu sei. Eu sei que se sente assim, mas é o melhor a se fazer por você agora_ Aizawa discute de volta.

_ eu já disse que eu não queria isso tudo! _ em choro tento me defender. As lágrimas não paravam de escorrer. Meu tio, estressado, massageia a testa.

_ chega dessa conversa, apenas tome. Você não quer matar ninguém, quer?

_ não, senhor _ abaixo minha cabeça e engulo o remédio a seco. A porta do quarto bate com força.
Me sento no chão.

Por que as coisas precisam ser assim?
Estou aqui, na UA, a quase cinco meses.
Consegui fazer amigos de verdade. O grupo da Ashido é legal comigo, e até chamo a garota pelo nome. Mas nada é perfeito.
O poder só tem evoluído, ficado cada vez mais destrutivo, incontrolável.
Começou no segundo dia. Eu sai sozinha para comprar mais salgados, já que tinham acabado, enquanto os garotos escolhiam outro filme.
Eu estava vendo algumas mercadorias, quando, simplesmente tudo ficou preto.
Eu acordei no dia seguinte de tarde.
O estabelecimento na qual eu estava simplesmente sumiu, desapareceu, e todos ali dentro também, menos eu.
Eu não lembro o que aconteceu, mas a opção aceita pelo meu tio e pela escola foi de que eu fiz isso, sem querer.

Depois, só piorou. Coisas sumiam, pessoas apareciam misteriosamente machucadas.
Uma vez, Kaminari acordou com o braço praticamente mutilado.
Todos me culparam. Mas juro que não fiz nada, eu acho. Eu não me lembro. E estou começando a ter medo, muito medo de mim.
Tenho sonhos esquisitos também. Me vejo matando cada um deles, dos alunos e professores.

Dream With Me - Katsuki Bakugou BNHA {CONCLUÍDO}Onde histórias criam vida. Descubra agora