19 - Kiss, kiss, faling love

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Meu coração se acalma, mas logo entra em outro desespero sem descrição.
Toda a ira que sentia desaparece junto com minhas forças. Apenas sinto minha boca se aquecer, junto de minhas bochechas, que voltam a queimar. Não consigo falar. Não consigo lutar. Mas não quero nem falar, nem lutar.
Mas por que isso agora?

Me imagino como um muro espinhoso de repente recebendo explosões por todo lado, completamente em confusão, destruição interna.
Uma pegada no pescoço.

O puxo para mim, gostando da sensação de estar sob seus braços, mas paro, assustada.
Não deveria fazer isso. Somos amigos. Ele é o Bakugou. Está tarde. Vários motivos para parar aqui, mas eu não queria. Meu subconsciente apenas me diz para calar a boca e voltar a beija-lo, mesmo que meu coração esteja batendo loucamente, mesmo que meu cérebro racional saiba que não sei nem beijar, e este foi o primeiro de toda minha vida e eu esteja em tanto desespero que queira fugir e correr.
O raciocínio simplesmente se atira do topo da minha cabeça, se espatifando no chão e morrendo na queda, me deixando só.

_ Aizawa... _ Bakugou sussurra. Seu olhar encontra o meu, em choque, um pouco receoso.

_ isso não deveria ter acontecido _ tapo meus lábios com a mão, meus olhos arregalados, sem reação. Tento controlar minha respiração, que não se acalmava. Viro de costas para Bakugou e começo a caminhar na maior velocidade possível.
Meus olhos lacrimejam. Sorria abertamente, surtando por dentro, mas também em completo caos e confusão.

Chego finalmente no portão da escola e me identifico na portaria.

Desde um incidente na semana passada, tosos que saem precisam de confirmação sanguínea para entrar, e é o que faço. Deixo o funcionário furar de leve meu dedo, pegando uma amostra de meu sangue para exame de identidade. Está no sistema.
Olho para trás, procurando por Bakugou. Não o vejo.

Entro no campus, correndo para meu quarto, com frio e borboletas estomacais. Se eu engolir viva uma aranha, ela afastara essas malditas borboletas que embrulham e reviram meu estômago? Talvez.

Entro em meu quarto, após destranca-lo, tiro os sapatos e me jogo na cama, desistindo de lutar meus surtos e pensamentos.

Eu beijei ele.
Beijei Bakugou!
Foi uma sensação incrível, reconfortante, não como imaginava sendo, como algo quente, mas sim foi amoroso.
Eu, como "especialista" neste assunto, não sei de nada sobre beijos e afetos intimistas, mas, com total certeza, adorei este. Sinto que estive no paraíso por segundos e quero voltar, como se minha vida dependesse disso. Mas não depende.

Suas mãos me seguraram como se eu fosse algo valioso, precioso, que ele não queria perder.
Que bobagem, como se eu fosse realmente preciosa a ele. Que piada!

Mas, caramba, seus lábios, quentes e úmidos, eram como nuvens nos meus, o paraiso, um tratamento de spa a quem estava na guerra.
Eram tão macios que eu enlouquecia. Como alguém de linguajar tão afiado tem lábios tão macios? Se é se quer possível.

Mas também queria gritar, chorar.
Com o pensamento a mil, me enrolo nas cobertas, implorando para dormir logo e esquecer o momento, que, além de incrível, foi alvo de muitas preocupações durante a noite.

O que somos? Por que me beijou? O que significou? Será que na verdade quem beijou fui eu e estou ficando maluca? Isso aconteceu mesmo? Eu acho que estou ficando completamente doida!

Não quero ver ele amanhã. Nem Bakugou, nem ninguém que remeta a ele.

Tranco meu quarto e, em euforia, tento pegar no sono, sem sucesso por algumas longas horas.
Minha mente infelizmente não se desviava da cena.
Foi a primeira vez, e eu queria muitas outras, mas como querer tantas outras se fujo até da primeira?
Sei que se eu perceber que a cena se repetiria, eu sairia correndo desesperada.

Dream With Me - Katsuki Bakugou BNHA {CONCLUÍDO}Onde histórias criam vida. Descubra agora