11 - Bad or Mad

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Imediatamente desligo o celular.
Impossível.
Bakugou só está sendo babaca.
Ele sempre comentou coisas desnecessárias, bobas, apenas por graça. As vezes não sei como as pessoas conseguem ser amigas dele, sendo alguém tão desagradável. Kaminari, aparentemente, é o que mais sofre.
Apenas empurro o braço de Bakugou, irritada.

_ pare! _ sussurro para ele, que bufa e olha para porta de entrada, esperando Mina e Kirishima.

Ambos chegam com dois baldes cada de pipoca, e refrigerante nos bolsos. Rio da cena.
Mina tropeça, e quase cai, jogando alguns poucos pedaços de pipoca em mim e nos garotos. Bakugou, como sempre, reage mal. Já Kaminari ri e pega uma das pipocas no ar, comendo-a.
Ashido estranha mas aceita que Denki esteja sentado do meu lado. Assim ela poderá se sentar com Kirishima, o garoto que nega ter uma queda, mas todos percebem.
Sero chega correndo e nos vê. Aliviado, ele se senta ao lado de Kirishima, empurrando o amigo, talvez intencionalmente, para Mina, que entra em pânico, tímida.
Mais pessoas chegam, atrasadas, e o comercial começa.

_ oi gente _ Sero sussurra, se curvando de leve. Ele estava com uma mochila. A coloca no colo e tira duas mantas finas, entregando uma para nós e outra fica com ele, Kiri e Mina.

Logo o filme começa.

...

Kaminari escolheu uma lanchonete de comida brasileira frita. Era um pouco caro, mas ele disse que sempre quis experimentar.
Eu, como filha de uma mãe metade brasileira, sempre tive um mínimo de contato com essa cultura, e adorei a notícia.

_ parece que escolheu aqui por causa de alguém, né? _ Sero empurra Kirishima, rindo. O rosto do garoto com individualidade elétrica instantâneamente fica vermelho, e ele sorri, envergonhado.

_ o pastel daqui é maravilhoso! _ exclamo, animada. Mina me olha, confusa.

_ pastel? O que é isso? _ minha amiga pergunta.

_ uma massa frita com carne moída, ou queijo e presunto dentro. É muito bom _ afirmo, já com água na boca. Mesmo me enchendo de pipoca, só de imaginar os sabores brasileiros, a fome volta.

_ eu vou treinar dobrado amanhã, mas vai valer a pena! _ Kirishima arregaça as mangas e pega o menu, escrito em japonês e brasileiro. Não, espera. Acho que é português, não?

_ e esse cotchinea _ Sero parece confuso. Ele me mostra o cardápio.

_ coxinha. Uma massa frita, mas mole por dentro, com carne e as vezes um tipo de queijo muito bom dentro. Experimente, é incrível!

_ quero uma coshhinia então! _ o garoto fala com um sotaque engraçado.

_ esse troço aqui _ Bakugou mostra o menu para a atendente

Kaminari se aproxima, tímido.

_ o que vai escolher? Eu pago _ ele revela, curioso.

_ estou com saudade dos bolinhos de queijo e presunto da minha mãe _ murmuro _ quero uma porção disso _ mostro a atendente.

_ quero o mesmo _ Kaminari sorri e me olha.

_ hum... _ limpo a garganta, desconfortável. Olho por dentro do estabelecimento, já que estavamos sentados em cadeiras para fora do local. Vejo uma mesa de pebolim e me animo, imediatamente me levanto, assustando os desprevenidos.

_ aonde está indo? _ Bakugou se levanta também, desconfiado.

_ vem jogar! _ exclamo e pego na mão de Bakugou, o arrastando para dentro da lanchonete, perto da mesa que lembra um campo de futebol. Depois de perceber o que faço, solto a mão de Bakugou, nervosa, mas a minha mão volta a ser segurada. Bakugou.

Dream With Me - Katsuki Bakugou BNHA {CONCLUÍDO}Onde histórias criam vida. Descubra agora