Dream With Me - Katsuki Bakugou BNHA {CONCLUÍDO}

9 - Fight for luv

A floresta novamente. As poucas árvores, bonitas de mais para serem reais, reais de mais para serem de mentira. As folhas verdes balançando com um vento artificial, dando uma sensação de calmaria.
A luz, visível de uma única e forte lâmpada principal, representando o Sol, mesmo que tenha LED por todo o teto.
O céu azul, falso, com nuvens falsas. Mas tudo era real de mais.
A grama macia, estranhamente úmida. Mal sabem os espectadores que, abaixo dessa grama, há uma fina camada de terra fofa e uma grande camada de um material extremamente resistente, a prova de muitas coisas, o nitreto de boro hexagonal, um composto químico, mas na forma física, seja lá como Hatsume conseguiu tanto.

A tal cúpula. Parece tão real, mas é tão falsa.

O traje apertado. Tecido reluzente, couro com elastano, azul escuro. Não sei que tom de azul, não sou boa em identificar cores, mas não é tão saturado, mais cinzento, mas continua sendo azul, e escuro.

Respiro fundo e um frescor me invade.
O falso ar de natureza.

Meu local de treino controlado.

Saltito pela grama falsa, feliz.
Bakugou se importa. Ele aceitou, se aceitou é por que se importa.

Não.
Netsuyo Aizawa! Pare tentar achar calor numa pedra de gelo. Ele mesmo disse. É por causa da nota.
Eu o considero um amigo, com seu jeito, mas ele não.
Só perguntou se eu estava bem por que o restante da sala queria saber.
Só me ajudará por que precisa de nota.

_ a gente vai treinar ou não? _ Bakugou pergunta em tom alto, me assustando.
O olho de cima a baixo. Ele usava seu uniforme de herói, mas sem a mascara boba.

_ claro! _ me viro rapidamente, ainda afetada. Me movimento de um jeito estranho, tentando das mais elasticidade a roupa para ficar confortável _ por onde começamos?

_ primeiramente, você sabe exatamente o que sabe fazer? _ o garoto cruza os braços, levantando uma das sobrancelhas.

_ não... _ murmuro, envergonhada.

_ então vamos começar por isso. O que sabe fazer?

_ eu acho que sei meio que "ler" objetos e pessoas, tenho resistência e altero coisas _ listo, contando nos dedos _ ah, eu consigo afastar as coisas, tipo, uma barreira, sei lá. Semana passada, quando estava chovendo, eu simplesmente fiz com que nenhuma gota me encostasse _ coço a cabeça, pensativa.

_ foda. Até que não é tão inútil assim _ o garoto sorri de lado _ consegue fazer uma barreira agora?

_ não sei _ confesso. Respiro fundo e tento criar uma proteção.
A minha frente, algo brilha, como uma luz neon estranha bem leve.

_ acho que foi.

_ vou te atacar, vamos ver o quanto você aquenta _ seu sorriso lateral se transforma numa feição de determinação, uma vontade assustadora e divertimento, talvez, de me explodir inteira.

_ pode ir, com toda a força! _ exclamo, confiante. O arrependimento bate, junto do medo, mas permaneço firme.
Continuo focada em criar a barreira, o que me cansa muito.
As explosões começam a atingir a barreira, me deixando cada vez mais desgastada. Minhas pernas tremem.

Eu preciso continuar firme, se não sou explodida em milhões de pedaços. Não posso vacilar comigo mesma, não agora. Eu aguento.
Luto contra a fraqueza, permanecendo com a barreira, mesmo que metade dela tenha se esvaído.
A poeira abaixa e eu acabo cedendo, chocando meus joelhos contra o chão, tonta, finalmente consigo relaxar.

_ porra! _ ouço um grito animado _ nada mal para uma notava! Mais uma vez.

_ Bakugou _ ofego e me levanto _ tudo bem, mais uma vez _ minha determinação volta e recrio a barreira, reunindo forças para mais uma rodada. Preciso aguentar meus próprios poderes, não posso cair e desistir de levantar _ vai!