Porra do inferno. Estou ferrada. Não, estou morta.
A noite de hoje já saiu de todo o controle, nada disso estava nos meus planos. Não pretendia falar com Ivarsen, muito menos beijá-lo. Tenho que me recompor, colocar a minha cabeça de volta no lugar.
— Indie – ouço Athos me chamar. Ela aparece na minha frente não muito tempo depois, parece um pouco bêbada, mas bebida alguma derruba ela, a não ser que alguém um dia dê veneno a ela. Nunca vi alguém tão resistente ao álcool.
— Athos.. oi – tento soar o mais calma possível. – Como vai sua noite? Está gostando?
— O mesmo de sempre. Uma foto ali, um cumprimento a algum político aqui – ela se aproxima de mim e diz no meu ouvido: — Mas as melhores coisas são feitas escondidas, não é?
Meus pelos se arrepiam com a probabilidade dela saber alguma coisa, ela sempre sabe de tudo. Como é possível alguém saber de tudo?
— Você.. Athos, você não estava transando, não é? Não quero ter essa visão na minha cabeça – exclamo.
O cabelo dela está no lugar, mas dá para notar que já não está mais do mesmo jeito que ela chegou, o batom que ela usa agora também é diferente do que ela estava usando antes.
— O que? Claro que não – ela me olha como se a tivesse ofendido. — Foram apenas beijos, não vou levá-la para a cama, não agora pelo menos.
Espera aí.. levá-la? Ela realmente se referiu a uma mulher ou eu estou ficando louca?
— Vai me contar com quem você tava ficando? – tento arrancar a informação dela.
— Hum, deixa eu pensar aqui – ela coloca a mão no queixo e suas sobrancelhas loiras ficam arqueadas. — Não.
Maldita Athos.
— Talvez um dia eu conte, aqui não é um local.. apropriado, venha, Aaron está fazendo companhia para a sua irmã – ela me puxa pelo pulso, os pulsos que Ivarsen colocou por cima da minha cabeça e ameaçou de fazer a minha vira um inferno.
Aaron estava conversando animado com Finn, o assunto dos dois parecia muito interessante, quando nos notam, Aaron abre um sorriso. Ele se afasta um pouco da minha irmã, me dando espaço para sentar ao lado dela, Athos se senta ao lado dele.
— Cadê o Fane? – pergunto. — Pensei que ele estivesse aqui.
— Aquele ali serve? – Aaron aponta para o outro lado.
Quando me viro, vejo Fane com a língua enfiada na boca de uma garota. Ele está num local mais afastado, não acho que dê para todo mundo ver. Ele pressiona a garota contra a parede, esta segura com vontade a gola da camiseta dele, o trazendo mais para perto. Pelo desespero dos dois, são capazes de treparem na frente de todo mundo.
VOCÊ ESTÁ LENDO
DARK NIGHT | DEVIL'S NIGHT
RomanceINDIE GRAYSON Eu tinha tudo que precisava. Um namorado que me amava, uma família grande e calorosa, estudava na melhor faculdade do Estado. Mas eu sentia falta de algo. Sentia falta da emoção, da adrenalina, do meu coração bater tão forte que eu ach...