Capítulo 6

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- Só pode ser brincadeira com a minha cara - disse me virando e dando de cara com a última pessoa que eu queria ver.

- Você ? O que está fazendo aqui ? - ele disse visivelmente confuso.

- Eu trabalho aqui agora Guilherme, bom você veio por causa disso não é mesmo? - disse estendendo o contrato e ele pegou concordando - Se era só isso aí está, passar bem - disse ignorando ele é comecei a recolher minhas coisas para ir embora.

- Talita vamos conversar, porque você está trabalhando aqui ? E porque estava com aquele cara ontem ? Não apareceu na faculdade ontem e hoje, não responde ninguém, o que está acontecendo com você meu amor ? - ele disse tentando chegar perto.

- Não te interessa Guilherme, nós não temos mais nada, e para de me procurar, para de fingir que se importa - disse irritada após guardar tudo e salvar as pastas para desligar meu computador - Vai embora por favor, nós precisamos fechar tudo para ir embora - disse reparando que a Samantha já tinha guardado tudo e estava só me aguardando para sair.

- Você vai embora agora? Eu te levo pra casa assim podemos conversar - ele disse indo até a porta e claramente me aguardando.

- Não precisa, eu já tenho carona pra casa - disse fechando tudo e me despedindo da Samantha.

- Se sua amiguinha nova já foi embora eu posso saber quem é sua carona? - ele disse cruzando os braços na minha frente.

- Não é da sua con... - quando eu estava respondendo fui interrompida.

- Bora branquinha, a gente tem hora esqueceu ? - cabelinho disse descendo da moto.

- Bora, você sempre muito pontual - disse indo até ele - Fomos elogiados pela pontualidade hoje, na verdade eu fui, mas como foi graças a você, então o elogio é mais seu do que meu - disse enquanto ele me ajudava com o capacete.
- Já falei pô, o pai é aulas, quero vê pegar - disse se gabando enquanto subia na moto.

- Talita, vai me deixar aqui falando com você? Pra ir embora com esse cara de novo ? - ele disse indignado.

- Tchau Guilherme - falei acenando e cabelinho saiu acelerando.

Não demorou muito e já estávamos no morro, Vitinho parou pra falar com uns moleques no começo do morro, disseram que Ret estava perguntando por ele, subimos rápido até a casa no topo do morro, desci da moto, ele me ajudou com o capacete, perguntou se estava tudo tranquilo e disse que depois voltava pra falar comigo.

Ele saiu acelerando e eu entrei na casa, quando fechei o portão escutei um dos vapores do Ret avisando que eu tinha acabado de entrar, achei desnecessário porque não sou nenhuma criança, mas não falei nada.

Entrei em casa e vi o Théo na sala com a Dalva e vozes femininas no andar de cima, andar esse que eu nem sabia como era pois não tenho autorização de frequentar, assim como a área da churrasqueira e da piscina.

- Boa noite menina Talita - Dalva me comprimentou com um sorriso simpático ao qual me lembrava minha mãe.

- Boa noite Dalvinha - disse dando um beijo na testa da senhora - Oi garotão - disse indo fazer cócegas no Théo.

- Para titia pufavô - disse se contorcendo em gargalhadas.

- Eu não sei se seu pai deixa ou se você gosta, mas eu trouxe uma coisa pra você - disse com um sorriso divertido vendo aqueles olhinhos brilhantes e curiosos.

- Eu quero presente, o você touxe tia ? - ele disse levantando e vindo sentar no meu colo.

- Mas eu só vou te dar com uma condição, eu quero um beijo e um abraço super gostoso do garotão mais lindo desse morro - disse abrindo os braços e ele me encheu de beijos e quase me sufocou com o abraço.

- Eita que desse jeito eu vou ficar com ciúmes em Théo - Giulia parou na nossa frente com a mão na cintura simulando uma cara brava, mas depois logo deu risada - Qual o motivo dessa demonstração de afeto em ? - disse fazendo cócegas na criança e me cumprimentando com beijo no rosto o que me pegou de surpresa já que ainda não tivemos tempo pra nos conhecermos e permitir esse tipo de contato.

- Olha titia o que a Tata touxe pá mim - ele saiu todo feliz indo mostrar os chocolates e balas que trouxe pra ele.

-  Que delicia meu amor, vou querer um pouco em - disse passando a mão na cabeça do Théo - Dalva você sabe do meu vestido azul ? - ela fez cara de cachorro pidão.

- Se for aquele com brilho no bojo que você adora, está lavando, você emprestou pra uma das suas amigas semana passada - Dalva disse depois de pensar em pouco.

- Droga, tá bom Dalva, quando o Ret chegar me avisa por favor - ela disse indo pra escada, enquanto eu estava indo pra cozinha para ir pro meu quarto - Ei Talita, você vai com a gente né - ela perguntou de repente.

- Não sei aonde é, mas não vou - disse tentando não parecer rude - Estou bem cansada, e seja lá onde vocês vão, seu irmão não me deixaria ir de qualquer modo - disse forçando um sorriso.

- Meu irmão não tem esse direito, além de te manter aqui contra sua vontade, você vai ir sim - ela disse completamente irritada pela situação.

- Relaxa Giulia, eu não estou no clima de sair - disse realmente sem vontade ir a qualquer lugar com aquele cara como companhia.

Ela não parecia muito satisfeita com a minha resposta, mas concordou e subiu, eu fui até meu "quarto" dando graças a Deus pois meu corpo pedia cama, nunca estive tão cansada como hoje e não me refiro somente à cansaço físico. Deixei minha bolsa em canto do quarto, peguei um pijama confortável e fui para o meu banheiro, apesar do quarto ser minúsculo eu agradeço por ter um banheiro só meu. Terminei meu banho não tão demorado, coloquei meu pijama, passei meus produtos pós banho, sentei na cama com meu notebook e finalizei um trabalho da faculdade, mesmo que eu não tenha ido esses últimos dois dias, eu estou com a minha faculdade paga graças a minha mãe, porque se fosse pelo meu pai até isso eu perderia. Com a faculdade já paga fica mais fácil de tentar mudar meu curso para o formato EaD.

Após enviar meu trabalho e encaminhar um e-mail solicitando a mudança do formato do meu curso, peguei as coisas que a Dalva tinha separado para eu levar e fui até a cozinha para lavar os potes. Estava tão concentrada que não notei uma presença atrás de mim.

- Qualé mandada, vai pro baile não? - me virei rapidamente com o susto que eu levei.
- Que susto garoto, quer me matar do coração? - disse tentando acalmar meus batimentos.

- Que porra é essa, minha casa virou puteiro? - Ret disse com ódio visível no olhar.

Obrigada estarem acompanhando, vou pedir mais uma vezes desculpas pelo sumiço, minha criatividade realmente voltou, estou com alguns capítulos já escritos, porém eu esqueço de postar

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Obrigada estarem acompanhando, vou pedir mais uma vezes desculpas pelo sumiço, minha criatividade realmente voltou, estou com alguns capítulos escritos, porém eu esqueço de postar.

Não desistam de mim e da história, digam o que estão achando, preciso de comentário e me cobrem capítulos, eu juro que leio todos e se vocês cobrarem vou lembrar de publicar.

Um big beijo, comentem, compartilhem e votem !!!
Até o próximo 💋

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