POV: TALITA
Acordei cheia de fios conectados, uma dor de cabeça insuportável e a luz forte piorava, fora a boca e garganta seca me causando desconforto. Fui tentando abrir meus olhos aos pouco e devagar para me acostumar com a claridade do ambiente.
- Acho que ela está acordando - escutei alguém no quarto dizer.
- Olá Talita bom dia, como você se sente - abri os olhos completamente vendo uma moça estranha e a Giulia me encarando.
- O-o que .... aonde eu estou ? - perguntei fazendo esforço gigante devido a garganta estar seca - Eu quero água - disse pigarreando para aliviar o incômodo.
- Você está no hospital - Giulia disse enquanto a moça foi pegar água - Você se machucou com os vidros e perdeu muito sangue, mas agora está tudo bem - ela disse sorrindo fraco enquanto me ajudava com a água.
- Eu sou a Débora, médica responsável, vou solicitar que repitam alguns exames e se estiver tudo ok, não irá demorar pra sair sua alta - ela disse e saiu do quarto.
- Que susto você me deu, fui até seu quarto saber como você estava e te ver todo ensanguentada caída no meio dos vidros foi aterrorizante - ela disse cabisbaixa.
- Me desculpa por isso, eu não queria preocupá-los e nem dar trabalho - tentando me ajeitar sentada.
- Você fez aquilo de propósito? - ela perguntou e eu assenti - Porque fez isso, sei que não está vivendo o melhor momento da sua vida, mas você não precisa disso, tem toda uma vida pela frente e vai conquistar muita coisa - ela disse visivelmente emocionada.
- Eu sei, não foi uma escolha muito inteligente, desculpa preocupar vocês, eu só preciso pagar o que meu pai deve e sumir sabe, tocar minha vida como se essa parte da minha vida não tivesse existido, nada contra você, a Dalva , a Lourenna e o Vitinho, vocês são incríveis - disse sorrindo leve.
Logo uma enfermeira entrou no quarto e me levou para fazer os exames solicitados, demorou um pouco, mas todos foram feitos de acordo com o pedido da médica. Voltei para o quarto e a Giulia continuava lá me aguardando, só que dessa vez ela estava acompanhada do Vitinho.
- Tá louca porra ? Tá tentando se matar por causa de que ? - ele disse sério - Eu fiquei preocupado contigo branquinha, quando o patrão passou a visão queria terminar os bagulhos correndo pra ver como que tu tava - ele falou vindo até mim e dando um beijo na minha testa.
- Estou bem Victor Hugo, não se preocupa - disse achando graça da preocupação dele.
- Caralho, tu é uma mandada mermo, nós aqui preocupado contigo e tu rindo porra - ele cruzou o braço indignado - Fala nada contigo não em Talita, tá de marolinha com a nossa cara namoral - ele falou irritado indo sentar na poltrona e eu cai na gargalhada.
Ficamos a tarde toda conversando enquanto tomava o último soro antes de ser liberada, a médica passou aqui disse que estava tudo certo com os exames, que a bolsa de sangue que infundiram de madrugada já foi o bastante é só terminar o soro pra ajudar na hidratação.
Quando terminou o soro troquei de roupa por uma limpa que a Giulia trouxe e fomos para o carro, antes de ir pra casa, passamos no meu serviço para deixar o atestado e explicar o ocorrido, peguei alguns documentação pra transferir para as planilhas, e logo já estávamos no morro, alguns curiosos como sempre estavam tentando olhar quem estava no interior do carro. Quando o carro parou na garagem da casa, eu desci do carro e entrei na casa dando de cara com o povo na sala. Ret estava sentado no sofá com Théo no colo, L7 e Lourenna no outro sofá conversando com Ret e a Dalva que antes estava na cozinha apareceu correndo e veio na minha direção me abraçar.
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Enriquecendo o Morro
أدب المراهقينDepois de cobrar uma dívida de um empresário, Ret se viu em uma situação inesperada. Thalita tinha uma vida perfeita, onde ela cursa moda, tem tudo o que quer e sem aviso prévio ela se encontra numa situação que não imaginava. Este novo desafio será...