Upside Down | Em revisão

Parte 17

Capítulo não revisado. Depois volto corrigindo os erros. Espero que gostem! E ah, não leiam perto de crianças ou em público rs

A questão dos documentos não foi esquecida. Andrea estava quase surtando sem saber o que faria para resolver. Ela conhecia sim alguém do governo, mas como ela explicaria aquela situação? Porque, na realidade, era Andrey quem tinha amigos influentes. Andrea, no máximo, conseguia tirar vantagem dizendo ser sua prima, mas ainda não sabia se isso se estendia para todas as pessoas daquela lista extensa.

— De toda forma, você precisa tentar. — Emily andava de um lado para o outro em sua sala com uma mão na cintura e a outra segurando uma caneta que era balançada no ar ou mordida.

— Eu preciso pensar numa forma de impressioná-lo.

— Você vai usar de sua feminilidade para influenciá-lo a te ajudar? — Emily parou por um instante com o cenho franzido.

— Tem ideia melhor? — Andrea perguntou a encarando, frustrada. — O cara é um galinha. Com toda certeza vai se render aos encantos de uma mulher desesperada.

— Tá, mas ele não é idiota, Andrea. Não é atoa que ele ocupa um cargo importante.

— O que mais tem no governo é gente idiota, Em. — Andrea suspirou, se levantando e indo até a janela. — A maior parte deles está lá somente por indicação ou nepotismo. — Ela balançou a cabeça negativamente e se voltou para a amiga outra vez. — No fim, dá na mesma.

Emily concordou e deu de ombros, sabendo que aquele tipo de coisa seria necessária agora que todas as cartas de Andrea tinham sido retiradas do jogo e ela estava recomeçando do zero.

— Não gosto desse tipo de coisa, mas também não consigo pensar em nada melhor. — Ela suspirou e começou a girar os ombros e se alongar.

— O que está fazendo? — Andrea a encarou com ambas as mãos na cintura com semblante de completa confusão.

— Estou cansada, meu corpo dói.

— Ainda são dez da manhã de uma segunda-feira, Em.

— Procura trabalhar para a Miranda e vai entender perfeitamente bem o significado de cansaço.

Andrea sorriu de lado sem conseguir evitar. Aquela frase remeteu à noite de sexta-feira e a manhã de sábado, quando se sentiu insaciável depois de transar com Miranda diversas vezes, mas exausta ao chegar em casa e finalmente descansar.

— Por que está sorrindo assim?

As sobrancelhas de Andrea se ergueram e ela se assustou por ter sido pega no flagra enquanto sua mente viajava para um lugar não tão distante.

— Não é nada. Eu só... Eu só me lembrei que eu preciso entregar uns rascunhos pra Miranda analisar.

— Isso é motivo pra chorar, não pra rir.

— Não seja dramática, Em.

— Você esteve com ela, não é?

A pergunta foi feita quando Andrea já estava no caminho para a porta. Ela parou e se virou outra vez para a amiga, suspirando e dando de ombros sem conseguir mentir. Emily balançou negativamente a cabeça e afastou a franja do rosto, fechando os olhos por um segundo como se precisasse de tempo para digerir a informação. E realmente precisava.

— Você se lembra que passou três dias inteiros chorando por causa dela?

— Sim, Em, eu me lembro. — Ela respondeu depois de rolar os olhos. Ela sabia que todo um discurso e uma lição de moral seriam dirigidos a ela, e sabia também que Emily estava certa, mas tudo que ela queria naquele momento era beijar Miranda. — Por favor, Em, eu sei que fiquei insuportável naqueles dias e nos dias depois daquele, mas... — Ela bufou e caminhou na direção da amiga, segurando uma de suas mãos com carinho. — Meu final de semana foi tão incrível, Em. E boa parte disso é por causa dela. Eu não sei o que está acontecendo e ainda não parei para analisar e compreender meus sentimentos, mas eu juro que estou tomando cuidado.