–Obrigada Sr. Presidente e srs. e sras. senadoras, que me perdoe o educador e poeta que emprestou o nome para o acontecimento de hoje, que além de trazer comoção e dor, tem muito a nos ensinar, não foi a esmo e acertou em todos nós. É preciso que não deixemos que a comoção e a indignação deixe esses atos se repetirem em nosso país. E eu digo isso me lembrando de Michelângelo, que sempre dizia que a arte estava no mármore, bastava ao artista tirar o excesso e se fazia luz, e então brotava a escultura. E fazendo um paralelo com as crianças: as crianças são um diamante bruto, basta lapidá-las. Fazer dessas crianças seres humanos, éticos, cidadãos, ao contrário do que faz a sociedade com essas crianças no mundo hoje: lapida sua inocência, e se perde o tempo precioso da primeira infância onde se pode construir um verdadeiro cidadão, mas ao invés disso, estamos estragando tudo isso, apresentando às nossas crianças um mundo obscuro, portanto entregamos a essas crianças através do excesso de tecnologia um mundo que não é real. E digo isso Sr. Presidente, porque eu lembro que na época da minha avó, o que reinava era um círculo de conversa familiar, já na minha época com meus pais esse círculo virou um semicírculo com uma televisão a frente. E lembro da minha avó dizendo: "onde já se viu? Onde foram parar as conversas?" Já fazendo uma crítica à televisão. E hoje, nós com nossos filhos nos resumimos individualmente estar cada um em um quarto diante de uma tela de celular, através de redes sociais. Não ensinamos mais nossos filhos, não conseguimos saber o que eles estão aprendendo, que mundo obscuro pode estar sendo divulgado através das redes sociais. Portanto, no momento de comoção e dor, que temos que nos solidarizar com nossas famílias, com famílias que perdem crianças e jovens, no momento em que essa casa (congresso) deve fazer seu papel nas comissões e plenário, aprovando e atualizando o código de processo penal. É preciso avançar nessa discussão, ter a profundidade devida, não basta alterarmos lei, ficarmos aqui de forma imediata dando satisfação para a sociedade, aumentando pena, discutindo redução da maioridade. Isso tudo tem que estar em pauta no congresso nacional. Mas ela é absolutamente inócua! –o alarme do congresso soa interrompendo o discurso de Simone, que continua falando –Me desculpem, me deem mais dois minutos pela relevância do tema. Se nós não só investirmos em educação, vou mais longe: é preciso que crie, mesmo que temporariamente uma comissão indicada por todos os membros ou pelo menos um membro de cada agremiação partidária, para que possamos criar uma comissão propicia para debatermos e entendermos de que forma eficiente as redes sociais. Eu encerro apenas relembrando algumas coisas rápido em relação as redes sociais, transmitem o engenho da morte: privacidade explorada, fake News, vingança, pornografia, estupro, bullying, suicidio. Estamos importando de algum país, aquelas brincadeiras que não tem nada de brincadeira, porque são marginais por trás do anonimato, que seduzem crianças e jovens estimulando a uma série de episódios nefastos e discriminação. Eu só encerro dizendo: que só há um caminho para acabar com a cultura da violência, que é a educação. Mas sem atrapalharmos, e efetivarmos através de uma legislação rigorosa para trazermos ao país a cultura da paz. Obrigada Sr. Presidente.
Simone encerra seu discurso e vai se sentar em seu lugar na bancada feminina, enquanto o presidente falava, e fica analisando alguns documentos junto com outra colega da bancada.
Seu celular começa a tocar: Soraya. Ela atende, mas antes que pudesse falar alguma coisa escuta Soraya falando com voz baixa:
—Simone, preciso falar com você agora. Me encontre no banheiro feminino perto do meu gabinete que é mais vazio.
—Ok...—Simone responde assustada, pega sua bolsa e sai em direção ao banheiro.
Chegando lá encontra o banheiro totalmente vazio, somente uma cabine fechada. Então bate na porta para confirmar que era Soraya que estava ali, e a moça sai da cabine. Fica olhando para Simone por alguns minutos em silêncio de cima a baixo, até Simone chamar sua atenção:
—O que queria conversar comigo?
—Ah é, desculpa, é que você está muito linda com essa camisa social toda larga e essa calça colada. —Soraya diz voltando seu olhar para o corpo da morena e mordisca o lábio. Simone sorri, e quando vai se aproximar de Soraya, ela a afasta de lembrando do que ia falar:
—A Julianna sabe de alguma coisa.
—De alguma coisa...? —Simone pergunta confusa
—Da gente!
—Da gente? O que... como?
—Ela veio me interrogar sobre onde eu passei o feriado, se eu passei com alguém...
—Tá, calma, não vamos nos precipitar. Isso pode ter sido só sua cabeça fantasiando, ela pode ter feito essas perguntas numa conversa inocente.
—Não, ela sabe que tem uma ex paixão minha aqui no senado, então ela deve ter ligado os pontos.
—O que? Como que ela sabe disso?
—Ela é minha amiga há anos, eu contei.
—então fala com ela!
—Não! Eu não sei se ela entenderia toda essa situação, e ela com o marido são colegas de casamento.
—Pensando bem, a Eli também ficou me olhando de um jeito suspeito e fazendo milhões de perguntas sobre o que eu fiz no feriado...—Simone diz lembrando de acontecimentos do dia e depois tenta acalmar soraya —Tá, não tem como saber se ela sabe de alguma coisa. Continue agindo normalmente, se perguntar alguma coisa ou ficar muito de olho ela pode perceber. Continua agindo como se não soubesse de nada, porque as vezes pode ser só coisa da sua cabeça com medo de ser descoberta. —Simone diz e Soraya confirma com a cabeça.
—Eu acho melhor a gente ficar um pouco afastada em público, pelo menos até a poeira baixar e esquecerem. —Soraya diz e Simone concorda.
—Ah propósito, eu estava te assistindo da Tv no meu gabinete, excelente discurso sobre educação que fez na sua comissão. —Soraya diz depois de poucos segundos em silêncio. —Você é incrível.
Simone agradece com um sorriso e um olhar brilhante para Soraya.
—Então... eu sou uma ex paixão? —Simone pergunta em tom de provocação.
—Calada... —Soraya a puxa pelo braço até a dentro da cabine do banheiro.
—O que vai fazer? —Simone pergunta
—Você achou que eu te chamei aqui num banheiro que quase ninguém usa para ninguém nos ver juntas só para falar sobre a Julianna? —Soraya diz fechando a porta e Simone sorri segurando o rosto de Soraya com as duas mãos e a beijando. Soraya coloca as duas mãos em volta do pescoço de Simone fazendo um leve carinho na área da nuca.
—Estás tan hermosa con ese atuendo que mientras te observaba sentí una pulsación en cierta región de mi cuerpo. —Soraya diz em tom de sussurro perto do ouvido de Simone, que a empurra na parede a beijando com força enquanto com uma mão vai abrindo o zíper da calça de Soraya e chegando até seu ponto, onde começou a fazer movimentos circulares deixando Soraya louca de prazer.______________________________
Oie, não costumo falar aqui, mas resolvi interagir com vocês. Eu geralmente falo sobre a fanfic no Twitter, então se quiserem falar alguma coisa, me deem feedbacks, sugestões, etc... @ sherlaah
Enfim agora estou de férias então vou postar com mais frequência aqui 🥳
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Destiny
FanfictionSerá que Destino existe? E almas gêmeas? É possível duas pessoas que se amam não ficarem juntas? O destino pode dar vários sinais quando você encontra o amor da sua vida, você não percebe ou ignora? Há uma frase popular que descreve isso: "almas gê...