Capítulo 12

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ANA

Meu carro está estacionado no mesmo lugar de quando deixei o Buddy's. Quando entro, Lisa está atrás do balcão, servindo café para um cliente. Ela olha para mim, olha duas vezes e mexe na cafeteira, quase deixando-a cair. Café espirra por todo o balcão.

—   Ana!

—    Eu sei, — eu digo secamente. — Pareço um saco de pancadas. Parece pior do que realmente é.

—       O que aconteceu? — Ignorando seu cliente, que obviamente está irritado com a bagunça, ela corre para mim e me dá um abraço de um braço.

Eu acho que é melhor ser cautelosa com toda a situação, especialmente diante do medo óbvio de Buddy sobre qualquer coisa chegar a Christian, então eu dou de ombros e digo: — Longa história.

Ela abaixa a voz. — Alguém bateu em você?

—    Algo parecido. Eu realmente não quero entrar nisso. Só vim pegar minha bolsa e pegar meu carro.

Ela me pega pelo braço e me conduz pelas costas, passando pela cozinha. José ainda não está no turno, então há outro na grelha, um homem mais velho chamado Tony, que não olha para cima quando passamos.

Quando Lisa e eu encontramos um canto quieto, ela se vira para mim e diz com firmeza: — Se você está sendo abusada por um homem, eu ajudo você. Existem muitos recursos por aí.

—      Se um homem colocasse uma mão em mim com raiva, ele perderia a mão. Não é isso.

—   Então o que foi? Você caiu?

—   Eu fui atacada por alguns caras que eu não conhecia.

Seus olhos castanhos se arregalam. — Oh, meu Deus. Sinto muito, querida! Você está bem?

—    Sim. Eu tive sorte. — Um lobo salvou minha vida. — Honestamente, eu estou bem. Eu... me afastei deles.

—   Onde isso aconteceu?

Hesito, porque não quero assustá-la. — No beco atrás do restaurante. Eu estava tirando o lixo.

O rosto dela empalidece. — Puta merda. Ninguém disse nada sobre isso para nós! A polícia pegou os caras?

— Oh, Deus. Como eu explico isso? — Eles estão, hum, investigando.

Nenhuma dessas coisas são mentiras, mas também não são exatamente verdades. Como sei o que Buddy  disse  a Lilly e José, quero manter minha história  alinhada  com isso. E considerando o quão assustado ele estava com Christian, não há nenhuma chance de mencionar o nome dele para mais ninguém.

Mal posso esperar para ver o que  posso descobrir  sobre ele online.

O cliente de Lisa chama da frente da loja. —  Alguém pode limpar esse café, por favor? Está pingando no meu colo!

—   Merda, — murmura Lisa.

—    Volte ao trabalho, — eu digo, sorrindo para ela. — E obrigada pela preocupação.

Ela me dá outro abraço, diz para eu pegar o creme de Arnica para as contusões e ligar para ela se eu precisar de alguma coisa, depois volta para a frente da lanchonete.

Entro na sala de descanso e rapidamente pego minha bolsa no armário, depois saio pela porta lateral que leva ao estacionamento para evitar mais conversas com Lisa.

É aí que eu encontro José, que está chegando.

Ele congela quando me vê. Sua boca se abre em descrença.

Lobo CruelOnde histórias criam vida. Descubra agora