Capítulo 19

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ANA

Quando as portas do elevador se abrem no nível da cobertura, Christian está parado esperando por mim, sem camisa e com os pés descalços, vestindo apenas uma cueca boxer preta. O corpo dele é lindo. Arquitetura masculina no seu melhor, elegante e forte. Seus ombros são largos e sua cintura é afunilada, e ele tem um conjunto de abdominais que podem fazer os anjos chorarem. Adicione todas as tatuagens, e ele é magnífico.

O bastardo.

— Eu quero que você me leve para casa agora.

— Você já disse.

Ele fecha os poucos degraus entre nós com seu longo passo e me pega.

Quando ele se vira para sair, eu digo: — Sou perfeitamente capaz de andar.

Eu encaro seu perfil, furiosa por ele poder ser tão calmo e cortês em um momento como este.

— Vá em frente e escolha uma luta, — diz ele. — Gosto quando você briga comigo.

— Só porque você está entediado com todo mundo beijando sua bunda.

— Eu admito que fica entediante.

— Se você está me levando de volta para o seu quarto, não se dê ao trabalho. Eu não vou dormir com você.

— Você é adorável.

Seu sorriso é indulgente. Eu gostaria de dar um tapa na cabeça dele.

— Sério, Christian...

— Shh, — diz ele com firmeza. — Não faz diferença. Você não vai me fazer mudar de ideia.

Entramos no quarto. Ele me carrega para a cama e me coloca na borda. Quando me levanto, ele me empurra de volta para baixo. Fecho os olhos e me sento lá, rígida, respirando profundamente pelo nariz, até que ele diz: — Tire a roupa.

Abro os olhos e olho furiosamente para ele. — Você está brincando.

— Você precisa dormir.

— Eu preciso de um machado e que você fique parado enquanto eu o balanço na sua cabeça.

Ele segura minha mandíbula na mão e olha para mim, com seus olhos azuis cinzentos, bonitos e tristes, ele murmura: — Você não está falando sério.

Sinto uma pontada de culpa e me odeio por isso. Suspirando, fecho meus olhos novamente. — Não. Eu não estou.

Ele se arrasta para a cama e me arrasta em cima dele, arrumando meus membros, então eu estou usando seu corpo como meu próprio colchão. Eu admito, ele é um colchão muito confortável. Confortável e cheira bem. Eu tenho que resistir conscientemente à vontade de me aconchegar em seu peito largo.

Eu gemo. — Por que você está fazendo isso?

— Porque eu quero. E eu posso. E você também quer, só que você é teimosa como o inferno e não me dará a satisfação de admitir isso.

— Eu disse não à sua proposta insana de coabitação.

— Você considerou.

— Mas eu disse que não.

Ele passa a mão no meu cabelo. Seu peito sobe e desce com sua expiração pesada. — Ana. Está feito. Você é minha por 28 dias. Você pode me odiar pelo resto da vida depois disso se quiser, mas por enquanto, vamos aproveitar.

— Você diz isso como se eu estivesse sendo irracional!

Sua voz endurece. — Choramingue quanto você quiser, está feito.

Lobo CruelOnde histórias criam vida. Descubra agora