18. Profecia Divina

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As semanas se transformaram em meses desde que os nypros nos ofereceram abrigo na floresta

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As semanas se transformaram em meses desde que os nypros nos ofereceram abrigo na floresta. Aurora, Vazie, Diane, Saydd, Lettret, Bardock e eu encontramos refúgio em meio à exuberante vegetação. Aurora, Warcagnus e Raez mantiveram certo contato, tendo alguns encontros ocasionais. As políticas de proteção aos nypros foram previamente aplicadas por Aurora, que desenvolveu junto a nós, membros do Conselho, um projeto de lei que criminaliza qualquer tipo de discriminação contra esses seres.

Lettret, felizmente, admitiu que estava equivocado em relação aos nypros, reconhecendo como foram receptivos e inofensivos. Fiquei bastante orgulhosa, apesar de já saber que meu pai, apesar da personalidade um pouco dura, é uma ótima pessoa. Aldgeor e Bardock concordaram com ele, ainda que tenham se demonstrado um pouco confusos por conta dos princípios reforçados por sua religião.

Apesar do refúgio temporário, o eco da guerra entre o Condado de Mirc e o Condado de Molarmare continuou a ressoar por toda Andenworld. O conflito se espalhou como fogo selvagem, com inúmeras batalhas eclodindo em diferentes locais.

Durante esses meses de confrontos incessantes, a Mansão Celeste foi meticulosamente restaurada e voltamos a habitar seus corredores majestosos. As leis de proteção aos nypros foram oficialmente implementadas no governo de Molarmare, mas não no governo de Mirc, pois isso exigiria um processo de sancionamento conjunto em uma assembleia legislativa central, o que na época era impossível pelo confronto entre os dois condados.

Além disso, durante todo esse tempo, Diane, Saydd e até mesmo Vazie começaram a aprender a lutar e a atirar e ganharam armas para se defender, enquanto eu e Aurora pudemos nos aprofundar mais ainda no que já estávamos aprendendo há certo tempo com o auxílio de Aldgeor.

As escaramuças prosseguiram, cada uma deixando sua marca em Andenworld, até que o momento inevitável se aproximou: a guerra atingiria seu ápice. A grande batalha final estava prestes a se desenrolar no coração de nosso mundo, no imenso e vasto campo conhecido como o Jardim de Anden.

Enquanto o sol se erguia no horizonte, tingindo o céu com tons alaranjados, nós observávamos de uma colina distante o campo de batalha erguendo-se diante de nós. O mar de gramado azul-ciano estendia-se à nossa frente, enquanto a figura solene da Árvore de Anden dominava o horizonte central com suas folhas brancas e cintilantes. O Jardim de Anden, antes um lugar de serenidade e harmonia, agora seria palco de um confronto sangrento e desolador.

Aquele era o local onde tudo havia começado: onde havíamos surgido, humanos e dominums. E agora era também o local onde várias das vidas que ali surgiram estavam prestes a ser encerradas.

Ao meu lado, Aurora, Vazie, Saydd, Diane, Bardock, Lettret e Aldgeor aguardavam com o olhar ansioso pelo desfecho daquela guerra. Nossos corações estavam repletos de angústia e incerteza. Embora não pudéssemos participar diretamente dessa batalha, sabíamos que seu resultado moldaria o futuro de Andenworld.

Com as mangas do meu uniforme levemente acinzentado erguidas, eu apertava as mãos nervosamente, tentando conter a tensão que me dominava. Ao meu redor, o restante do grupo mantinha-se em silêncio, cada um imerso em seus próprios pensamentos.

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