Foi em questão de segundos, em um ela estava toda agitada, gritando e chorando, e em outra ela estava quieta e o corpo mole.
— Lydia? — Levantei a cabeça e ela estava apagada. Senti meu coração acelerar, verifiquei a batida do coração, estava fraco e podia ser o meu lado desesperado mas para mim ela não estava respirando direito.
A peguei no colo e a levei para o meu carro, era uma péssima ideia dirigir no meu estado, mas a urgência falava mais alto. A coloquei no banco de trás e dirigi até o hospital, parecia que tudo estava atrasando, carros entrando no meio, pessoas passando nas faixas, e a porcaria dos sinais. Apertei o acelerador e ultrapassei o sinal, as buzinas furiosas não me incomodavam nem um pouco naquele momento. Parei o carro de qualquer jeito na entrada do hospital e corri com Lydia nos braços. Aos gritos consegui chamar atenção rápido e logo levaram ela, segui eles até onde me era permitido e expliquei o que sabia da situação.
Ela estava sendo examinada quando mandei mensagem para minha irmã e pedi o numero da amiga da Lydia, quando falei que era urgente e que depois explicava ela me passou sem questionar, com Ellis consegui o numero dos pais dela e avisei que estávamos no hospital, por um segundo pensei ter feito errado pelo desespero da voz da mulher mas sabia que tinha que avisar. Em pouco tempo eles estavam na recepção, a mãe parecia a Lydia mais velha mas ao mesmo tempo era diferente. Me aproximei deles e o pai dela estava tão aflito quanto a mãe, mas tentava se manter calmo.
— O que aconteceu com a minha filha? — A senhora Watson perguntou assim que me viu.
— Encontrei ela em um beco brigando com dois caras, ela foi ajudar uma mulher e acabou se metendo em briga, ela levou uma pancada na cabeça e depois desmaiou e eu a trouxe. — Expliquei tirando a parte em que ela gritava de dor pela perda da irmã.
— Ai meu... quando ela acordar eu vou... — Ela começou brava mas logo começou a chorar e tremer. O senhor Watson a abraçou. — Não posso perder ela, Eduardo, não posso. — Murmurou em seu peito. O senhor Watson se virou para mim enquanto a abraçava forte.
— Já teve notícias dela? — Perguntou com o tom forte.
— Eles avisaram que iriam fazer exames, alguns minutos atrás avisaram que a levaram para fazer uma ressonância. — Contei e ele assentiu, respirou fundo e voltou a atenção para mim.
Respondi a todas as suas perguntas e ele convenceu a esposa a irmos nos sentar. Ela estava tão abalada e a cada médico que se aproximava ela tremia mais. Depois de muito tempo daquele jeito o médico responsável pela Lydia apareceu, me levantei e os dois me seguiram.
— Responsáveis por Lydia Watson? — Ele perguntou ao casal do meu lado que assentiram. — Ela está bem, fora de perigo. — Falou deixando todos ali aliviados. — A batida na cabeça não foi tão grave foi necessário apenas alguns pontos, o desmaio foi causado por emoções fortes e a adrenalina deve ter ajudado no carregamento a mais no corpo, e assim que começou a passar o corpo não aguentou. — Explicou antes que eu perguntasse porquê ela desmaiou. — Um pouco de descanso e ela ficará boa logo, logo, mas por precaução deixarem ela essa noite em observação. — Depois de responder algumas perguntas dos pais da Lydia, ele nos levou até o quarto dela.
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Uma Garota Problemática
Teen Fiction"Fui virando nos corredores ganhando distância, quando estava longe o suficiente para me esconder dei uma rápida olhada em volta e entrei na primeira porta. Fechei a porta rápido e olhei dentro da sala, era uma sala de aula cheia de alunos, todos me...