letters to juliet | tamber

22.

Amber Freeman

9:55. Abro os meus olhos de maneira vagarosa, me acostumando com a luz que invadia o quarto. Me sento na cama macia enquanto me espreguiço acompanhado de um bocejo longo. Sinto um frio ao meu lado e pisco os olhos quando me dou conta que o espaço estava vazio.

Tara não estava deitada ao meu lado, e o seu corpo pequeno não estava mais enroscado ao meu.

A noite foi agradável, assim que Tara pegou no sono, me permitir fechar os olhos e ser levada por ele também. Não consegui conter um sorriso quando me lembrei de como dormimos juntas, todo o meu corpo estava enganchado nela.

- Eu já ia te acordar. - Tara disse, e eu me virei para onde ela estava.

E Deus. Arregalo os olhos quando a vejo, analisando-a de cima a baixo.

Tara estava encostada no batente da porta do banheiro, me encarando. Ela estava usando um conjunto de biquíni na cor vermelha, ele contracenava muito bem com o seu cabelo escuro que estava solto escorrendo pelos seus ombros. Não pude deixar de descer o olhar para todo o seu corpo.

Se antes existia alguma dúvida, agora já não existe nenhuma, Tara Carpenter foi definitivamente esculpida à mão pela Deusa da beleza.

Minhas bochechas queimaram assim que eu cai na real, estava encarando sem pudor algum. E eu juro que pude sentir a baba prestes a escorrer.

- Está tudo bem? - Tara questiona, fazendo o meu olhar voltar para o seu rosto.

- É... Uhum, sim... É que...

Não consigo proferir alguma frase com o mínimo sentido. Eu já sabia que iria ver a Tara de biquíni hoje porque era o dia de aproveitarmos a piscina, mas eu fui pega desprevenida.

- Você está muito bonita. - Admiti, era melhor do que o silêncio mortal.

- Ah, obrigada! - ela agradece, desviando o olhar totalmente envergonhada - Levanta, a galera já está descendo!

Tara se sentou na beirada da cama e puxou o lençol que ainda me cobria.

- Ah, lógico. Eu vou me trocar, pode me esperar lá em baixo.

- Ok.

Tara diz, se levantando da cama. A mesma deixou um beijo na minha bochecha e se virou indo em direção à porta.

Permaneci imóvel.

Céus, o que acabou de acontecer?

Fui ao encontro do pessoal alguns minutos depois, a área da piscina estava visivelmente cheia. Procurei Tara pela multidão e a encontrei sentada em uma das cadeiras de madeira, conversando com a minha avó que estava na cadeira da frente.

- Ei, oi casada! - cumprimentei a mais velha e me sentei ao lado dela, abraçando-a. 

- Oi querida. Estava comentando com a Tara sobre ontem, você gostou? 

- Estava tudo perfeito, vovó! Do jeito que você sonhou, né?

- Sim. - ela respondeu acariciando meu rosto - Chegou aos meus ouvidos que você também deu uns beijos ontem.

Amélia apertou as minhas bochechas e meu olhar caiu instantemente para Tara, que assistia a nossa interação.

- Não olha 'pra mim! - ela levantou as mãos ao alto.

- Vó, você não vai viajar não? - questionei com o intuito de mudar de assunto.

- Vou apenas amanhã cedo, ainda tem a festa hoje, se lembra? - assenti - Bom, eu vou dar atenção as outros convidados. Juízo, crianças.