Dias depois | Amber Freeman
- Vó, a senhora não pode ir 'pra outro país por causa de uma carta que você mandou há 50 anos atrás. - me virei 'pra ela. - É loucura!
- Amber, é uma oportunidade única... e vamos combinar, uma viagem cairia bem 'pra nós duas! - Amélia retrucou.
- Sim, vó, uma viagem 'pra Disney, Caribe, Maldivas e não 'pra uma cidade do amor onde o seu único objetivo é encontrar uma pessoa que ficou no passado.
- Louis pode ser do passado mas não ficou no passado. - ela se levantou - Eu irei a Verona, agora a escolha de me acompanhar é totalmente sua! - Amélia falou enquanto se dirigia à escada.
- Puta que pariu. - bufei.
Amélia Freeman, como eu posso começar a descrever ela? Uma velha decidida, linda e teimosa? Sim! E olha, se tirar o velha, todos esses adjetivos também servem pra mim: Amber Freeman, a neta mais querida dela (e a única).
Moramos juntas em Los Angeles desde os meus dez anos, ela me criou depois que os meus pais faleceram em um trágico acidente de carro.
Somos só nós duas.
Voltando 'pra parte em que ela é super decidida com o que quer, hoje ela decidiu ir 'pra Verona "reencontrar" uma paixão adolescente. Cara, loucura! E eu como uma boa neta, irei com ela, mesmo que eu não acredite nisso de destino, paixão e blá blás românticos, é o desejo dela e eu vou apenas respeitar.
Então está decidido, eu irei 'pra cidade do amor... e certamente a primeira coisa que farei quando pisar lá, é procurar pela infeliz que respondeu a carta da minha avó. Ah, vai ouvir muito de mim.
Três ratos cegos - Grupo on
Amber (você): ei, não vai dar
pra irmos na festa sábadoQuinn: já deu pra trás, ttpb?
Amber (você): para de me
chamar assim, cretinaLandry: o que rolou pra desistir?
Amber (você): vou ir pra Verona
com a minha avó.
se vocês rirem eu juro por
deus que arranco a orelha
de cada um antes de entrar no avião.Três ratos cegos - Grupo off
Tara Carpenter - 19:28
- Boa noite. - Chad disse enquanto atravessava a porta.
- Oi lindo! - sentei na cama. - Como foi lá?
- Foi bom! Em breve o restaurante pode e vai ser aberto - ele sorri.
- Ah, que bom! O meu dia foi bem legal, acredita que eu achei uma carta escondida nos blocos?
- Uau, esconderam bem essa carta bem. - ele diz se deitando ao meu lado. - Sim! Ela é bem antiga, mais velha que eu, bem louco, né? - virei 'pra ele - E eu resp-
Fui interrompida pelo toque chato e irritante do celular do meu namorado, tanta hora 'pra tocar.
- Preciso atender amor, é o comerciante de queijo. - ele diz se levantando da cama.
- Ah, ta bom... - murmurei.
Apaguei a luz fraca do abajur e me deitei.
Talvez eu esteja se acostumando com isso, e talvez eu não deveria se acostumar com isso. Eu amo Chad, deixei o meu sonho por ele, não estou cuspindo nas minhas escolhas, eu as tomei por conta própria mas preferia mil vezes estar escrevendo um livro no meu próprio apartamento em uma cidade que me valorizasse do que estar deitada me sentindo rejeitada por um restaurante que nem está em funcionamento.
Meu deus, que merda.

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letters to juliet | tamber
Romansatara carpenter, uma escritora que reside em verona, responde uma carta de 50 anos atrás. amber freeman, uma estudante que vive em los angeles, recebe a carta que foi escrita para a sua avó. tamber | fanfic inspirada no filme 'cartas para julieta'