No outro dia. Casa de Mary Margaret.
- Emma?
Sem prestar atenção nas vozes e ruídos ao seu redor, Emma tinha coisas bem mais ensurdecedoras acontecendo em sua mente. Seus pensamentos eram um turbilhão de emoções. Iam rapidamente do oito ao oitenta.
Emma sabia que o que ela havia feito foi uma coisa extremamente errada. Beijar Regina foi um ato totalmente impensado e impulsivo. Mas ter ela ali, tão perto de si, mexeu com a cabeça da loira. Ela não conseguia pensar em nada além de beijá-la.
O que a loira não admitiria de jeito nenhum, é que desde que conheceu a prefeita, tinha vontade de beijá-la. Sentiu uma conexão enorme com a morena e foi essa conexão que puxou Emma de encontro com os lábios de Regina.
Lábios tão macios. Tão quentes e convidativos. Seu hálito de canela que enlouquecia a loira. Seu toque em seu rosto. Nada disso saía da cabeça de Emma. Como poderia? Regina era a materialização de todo o pecado e a luxúria daquele mundo.
Seu corpo escultural. Seus seios maravilhosos. Seu cabelo sedoso. Seu cheiro natural de maçãs. Seus olhos castanhos tão penetrantes que poderiam te incinerar em um piscar de olhos. Sua cicatriz no lado direito da boca que fazia Emma estremecer até a espinha. E por fim, mas não menos importante, seus lábios incrivelmente desejados.
Emma reconhecia que em nenhuma maneira aquilo poderia dar certo. Regina era uma mulher extremamente difícil, e odiava a loira. A odiava por chegar de supetão na vida de seu filho, que criou com tanto amor, para ele preferi-la do que a morena.
A odiava por ser tantas vezes tão insolente e desbocada. A odiava por ser desinibida e ousada. A odiava por seus olhos de esmeralda tão puros, e ao mesmo tempo tão maliciosos. Emma era um poço de predições para Regina. Era uma das únicas coisas que ela não conseguia controlar, e isso a assustava muito.
Regina odiava perder o controle. Não usava nenhum tipo de entorpecentes exatamente por isso. Sabia que no minuto que perdesse o controle, faria coisas impensadas. Faria coisas que se arrependeria depois. E arrependimento não estava no vocabulário da morena. Não poderia estar.
- Emma! - Mary Margaret agora grita, finalmente chamando a atenção da loira que acorda de seus devaneios.
- Seu café. Está esfriando. - Aponta para a mesa em sua frente.
A loira arregala os olhos e dá um gole na bebida, que realmente não estava mais tão quente. Emma sequer havia visto a morena colocando a xícara ali. Tão absorta em seus pensamentos a loira estava.
- Você... quer me contar alguma coisa? - A professora pergunta sugestiva. Sabia que Emma estava estranha. Estava mais quieta do que o normal e sua mente voava longe.
- Não... eu preciso ir, me desculpe. - Emma deixa a bebida em cima da mesa e agarra sua jaqueta, deixando Mary Margaret sozinha e cheia de dúvidas e preocupações.
A loira desce as escadas rapidamente e entra em seu carro. Para um pouco para respirar e para tomar a coragem que lhe faltava. Precisava conversar com Regina. Precisava saber o que ela estava pensando e sentindo. Emma não poderia ser a única a estar totalmente confusa.
I can't tell you what it really is
(Não posso explicar o que realmente é)
I can only tell you what it feels like
(Só posso dizer como é a sensação)
And right now there's a steel knife in my windpipe
(E agora há uma faca de aço na minha traqueia)
VOCÊ ESTÁ LENDO
The Prophecy - SwanQueen
FanfictionRegina está prestes a lançar a Maldição das Trevas sobre Snow White, Charming e todos do Reino Encantado quando recebe uma profecia que ameaça fazer seu plano de vingança ir por água abaixo. "A futura filha de Snow White e Charming será a Salvadora...