Lovely

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Lanchonete da Granny. Diversão?

Emma observava de longe David brincando com um menino qualquer de espadas. O menino estava muito empolgado em aprender a usar o objeto real, mas naquele momento e com sua idade, lhe deram apenas uma pequena espada de madeira.

Isso, obviamente, não o impediu de se divertir muito mesmo assim. O menino pulava de um lado para o outro enquanto tentava acertar o homem com a arma de madeira. Sem sucesso nenhum, obviamente, já que ele era mestre naquela arte.

David estava se divertindo também na companhia do menino. Nunca havia imaginado ser tão divertido e gratificante cuidar de um ser tão jovem e puro assim.

Em um dado momento, David, de propósito, abriu a guarda e deixou o menino o bater com a espada no estômago. Ele finge estar sentindo muita dor com o golpe e cai no chão, fingindo estar morrendo.

- Me ajude... estou m-morrendo... - Ele atuava com uma voz forçada, realmente parecendo um moribundo.

- Meu Deus! É sério isso? - O menino pareceu acreditar em sua brincadeira e correu preocupado até o homem caído no chão.

- D-diga... à Mary... que eu a... eu a... ahhghhhhgh. - Finalmente ele morre em seu pequeno teatro, fazendo a criança se desesperar e começar a chorar.

Assim que ele vê isso, porém, levanta e abraça o menino, rindo de sua situação e tentando acalmá-lo.

- Calma, garoto. Era só uma brincadeira. - Entre risadas, ele afaga o cabelo dele, que tenta se afastar mas não tem sucesso.

- Não teve graça, pensei que tinha morrido mesmo. - O menino cruza os braços e faz um bico de protesto, totalmente emburrado.

Enquanto isso, a salvadora encontrava-se vagueando por seu subconsciente. Sua mente vezes viajava para Regina, vezes para as imagens que viu na loja de gold, horas para a razão de Cora ter apagado as memórias da filha.

Por que ela havia feito aquilo? O que ela ganharia enganando Regina daquele jeito? Ela apenas gostava de ser má e de machucar os outros?

Milhares de perguntas invadiam cada vez mais a loira. A incerteza a dominava e a deixava inquieta. Seus pés batiam contra o chão incontrolavelmente em um sinal de ansiedade, que aliás era inconsciente da loira.

Pensava também sobre Henry, se estaria bem lá trancado naquela casa. Sabia que ele não deveria querer estar lá, mas também sabia que mesmo não lembrando dela, Regina ainda amava Henry e nunca o machucaria. E, mais importante, não deixaria Cora fazê-lo.

Thought I found a way

(Pensei ter encontrado um caminho)

Thought I found a way out (found)

(Pensei ter encontrado uma saída (encontrado)

But you never go away (never go away)

(Mas você nunca nunca se vai (nunca se vai)

So I guess I gotta stay now

(Então eu acho que tenho que ficar agora)

- Emma? - Uma voz tira a salvadora de seus devaneios.

Assim que ela olha para a direção da voz, vê Ruby andando em sua direção e sentando-se ao seu lado no banco de fora da lanchonete.

- Oi Ruby. - Emma sequer consegue esconder a tristeza que habitava dentro dela, não com sua melhor amiga.

The Prophecy - SwanQueenOnde histórias criam vida. Descubra agora