Mercy

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Hospital de Storybrooke.

- Tudo bem, Senhorita Swan. Vamos acabar de uma vez com isso. - A prefeita dizia em um sussurro na escuridão que se alastrava no quarto da loira. Regina estava decidida. Não poderia mais voltar atrás. Não teria volta.

Com isso, a morena abre sua bolsa e pega ali dentro o objeto que ela necessitava. Senta-se na cadeira do lado da loira e respira fundo, tomando a coragem necessária para enfrentar aquilo.

Finalmente, Regina pega o recipiente, remove a tampinha e ingere o conteúdo amargo. Ela faz uma careta com o gosto e fecha os olhos com força. Em poucos segundos, ela havia entrado onde queria, no subconsciente de Emma Swan.

Regina havia criado essa poção anos antes da maldição. Ela usava isso para se aventurar na mente das pessoas que gostava de torturar. Descobria os pontos fracos das pessoas e usava isso para destruí-las. Ela ainda se lamentava por não ter usado com Snow White, mas sabia sua fraqueza: Charming. E agora, Emma também.

A rainha sempre encontrava as mesmas coisas nas mentes das pessoas. Retratos de suas famílias, desejos profundos nunca ditos e até mesmo o que as escravizava. Muitas vezes via representações de ouro, de amor e de poder. Todas essas coisas eram fraquezas muito fáceis de serem usadas para torturas.

Regina não esperava, porém, encontrar o que encontrou na mente de Swan. Seu subconsciente era diferente de todos os outros. Não haviam retratos de sua família, nem aspirações de riqueza ou poder. O que mais a surpreendeu, era que nem mesmo Henry estava ali.

Havia apenas uma colina verde e um lago.

A rainha encontrou-se intrigada com a imagem que via. Não conseguia entender o que tinha de sombrio naquela paisagem. Também não entendia por que Emma estava sonhando com aquilo.

Regina faz menção de aproximar-se do lago, mas logo uma imagem de tirar o fôlego se materializa perto dali. Emma Swan estava vestida com apenas uma blusa branca em cima e uma calcinha na parte de baixo, assim como a morena se lembrava de ter a visto em uma de suas primeiras discussões.

A loira estava realmente encantadora. Bom, ela sempre era encantadora. Regina não conseguia negar aquilo. Achava a Xerife extremamente bonita e tinha certeza que atraía todos que conhecesse. Um bom exemplo disso foi Graham.

A prefeita continuou a observá-la um pouco ofegante. Emma dançava desajeitada ao som de uma música que estava apenas em sua cabeça. Ela dava giros e piruetas para um lado e para o outro. Um sorriso doce e puro estampava seu rosto.

You've got a hold on me

(Você me tem nas mãos)

Don't even know your power

(Nem sabe o tamanho do seu poder)

I stand a hundred feet

(Eu estou de pé a cem pés de distância)

But I fall when I'm around ya

(Mas eu caio quando estou perto de você)

Regina sentiu seu coração aquecer com aquela imagem, mas logo se repreendeu por isso. Ela não estava ali para aquilo. Precisava descobrir o motivo de Emma estar importunando seus sonhos.

Com isso, a morena virou de costas para a cena e fez menção de andar para longe dali, mas é parada antes de conseguir realizar a ação.

- Regina? - A rainha ouve seu nome ser chamado pela loira e sente sua espinha se arrepiar. Emma podia vê-la?

Nenhuma das outras pessoas conseguiam a ver quando ela visitava seus subconscientes. Como ela havia feito aquilo? Como ela era tão diferente?

Assim que se virou em direção à loira, o coração de Regina errou as batidas. A colina - que antes tinha apenas a grama verde - se encheu de flores. Mas não eram quaisquer flores, elas eram... castanhas, amendoadas. Regina conhecia de longe aquele tom.

The Prophecy - SwanQueenOnde histórias criam vida. Descubra agora