Naked

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Casa da Prefeita Mills.

Regina encontrava-se sentada no sofá de sua luxuosa sala enquanto bebericava um de seus vinhos mais caros e assistia um de seus programas de TV favoritos. Era uma competição culinária chamada "Hell's Kitchen". Por algum motivo, ver as pessoas cozinhando e gritando acalmava a prefeita, que havia tido um dia exaustivo.

A mulher aproveitava seus últimos momentos sozinha até Henry chegar em casa. Ele estava no hospital visitando Emma, como sempre. Regina não negaria que aquilo a incomodava um pouco, mas não podia fazer nada. Ela querendo ou não, a loira era a mãe dele.

*TRRRRRIIIIIMMMMM, TRRRRRIIIMMMM*

A prefeita revira os olhos ao ouvir o celular tocar e o procura em todos os lados, mas não encontra o objeto. Assim que gira o corpo para trás, no entanto, encontra-o em cima da mesa.

Com um suspiro cansado, ela se levanta e vai lentamente até o telefone. E então ela vê na tela um nome que lhe causa uma revirada abrupta no estômago. Dr. Whale.

Hey, you there

(Ei, você aí)

Can we take it to the next level?

(Podemos ir para o próximo nível?)

Baby, do you dare?

(Querida, você se atreveria?)

- Whale? - Regina engole em seco quando atende o telefone. Havia lembrado naquele momento que pediu para o médico avisá-la se alguma coisa acontecesse com a Xerife. Sentia-se nervosa. A notícia poderia ser tanto boa como ruim.

- Regina, tenho ótimas notícias. - O homem parecia animado.

A prefeita parou uns segundos para avaliar o que seriam boas notícias para ela. Ela encontrava-se perdida na indecisão. Não sabia se Emma estar viva era uma boa notícia, ou se estar morta que era. Seu coração dizia uma coisa, e sua mente outra.

- Desembucha logo! - Ela estava impaciente. O que quer que fosse, ela necessitava saber.

- Emma acordou! - Era isso que Regina temia. Ou nem tanto, já que um pequeno sorriso involuntário surgiu em seus lábios com a notícia.

- Ela está bem? Alguma sequela? - Precisava saber. Precisava saber tudo.

- Está ótima, em perfeito estado. E suas queimaduras estão quase todas saradas. - O homem parecia um pouco chocado com as próprias palavras. Emma havia se recuperado incrivelmente rápido, todos estavam extasiados.

- Muito obrigada, Whale. - A prefeita agradece e desliga a chamada.

Regina sentou-se novamente na cadeira mais próxima que achou e um peso enorme caiu sobre ela. Dúvidas e mais dúvidas. Receios. O que faria?

Ela não sabia se a profecia de Gold era realmente verdade. Emma poderia ser a Salvadora tanto quanto poderia não ser. Ela havia aprendido de uma vez por todas a não confiar naquele homem, pois ele brincava com as palavras e as pessoas do jeito que desejasse.

Como ela poderia saber se era apenas mais um peão nos planos de Gold? Ela sabia que ele queria quebrar a Maldição para encontrar seu filho perdido. Ele usou Regina para lançar o feitiço e trazê-los até aqui. Sobre o que mais ele poderia estar mentindo?

"Ela salvará você de sua própria maldição."

Mesmo que Emma não fosse a Salvadora nem uma ameaça para a Maldição, ela ainda era a mãe biológica de Henry, e poderia tirá-lo da morena a qualquer momento. Ela sabia que o menino preferia a loira. Ela era uma ameaça para a prefeita. Ameaçava arrancar o último fio de amor que ela mantinha após todos esses anos.

The Prophecy - SwanQueenOnde histórias criam vida. Descubra agora