13| One More Hour - Tame Impala

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“Qual o sentido de estar vivo se você nem ao menos tenta fazer algo extraordinário?” — John Green, O Teorema de Katherine

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“Qual o sentido de estar vivo se você nem ao menos tenta fazer algo extraordinário?” — John Green, O Teorema de Katherine

O sol esgueirava-se entre os feixes da janela de madeira e esse movimento me despertava calmamente do pesadelo bobo que tive na noite anterior.

Previamente de me virar por completo para visualizar meu quarto iluminado pelo sol luzidio como o abajur do baby yoda que adornava minha cômoda desde meu último aniversário, as cobertas do homem aranha ficaram mais pesadas, tal gesto conduzido por risinhos de quem afundava a cama.

— Me deixa dormir, Li — resmunguei, estreitando os olhos ao passo que puxava o cobertor como se hipoteticamente planejasse voltar a dormir e assim deixei meu cabelo espalhado pela fronha bem como as pontas azuladas do cabelo.

— Como sabe que sou eu? - perguntava entre risos puxando para si o homem aranha desconfigurado no tecido repuxado. — Podia ser um ladrão. Imagina se você tivesse mandado o  ladrão dormir? — continuava fingindo estar chocado.

— E ele teria o mesmo nome que você? — questionei com um sorriso de ponta a ponta que enrugava meu nariz esperando a resposta de meu irmão.

— Não sei não, existem muitos Liam's no Brooklyn. Só hoje, encontrei 3 na padaria. — com os olhos arregalados, Liam fingia veracidade na frase enquanto fazia o número três com a mão e puxava de uma vez o cobertor para fora da cama com a afastada de meu rosto. 

— O que você foi fazer na padaria essa hora da manhã? — indaguei levantado da cama, certificando que Liam estivesse perto para ouvir.

— Ah você sabe, maninho, o que se faz em uma padaria às 8:30 da manhã. Estava conferindo se a minha jaqueta jeans que mandei lavar quarta-feira já estava pronta — respondeu com a ironia costumeira e uma careta. 

Entre eu e meus irmãos há 4 anos e meio de diferença, mas parecia que Liam havia perdido uns parafusos no meio do caminho em comparação a Amber. E secretamente torcia para que tais pecinhas nunca fossem encontradas.

Amava meu irmão mais do que podia amar alguém.

— Ei, Jun, está tudo bem?  — perguntou preocupado com o irmão pensativo enquanto abanava os pães que havia comprado junto a pulseira da vovó no pulso. — Se precisar voltar a dormir está tudo bem, estamos de férias — se apressou em dizer ainda mantendo seu sorriso costumeiro, expondo as covinhas aparentes.

— Estou bem, Liam. Só estava pensando em como vamos passar o primeiro dia das férias — pronunciei, desviando meus pensamentos ao cuspir a pasta de dentes na pia.

— Isso eu já fiz por nós dois. Se sente aqui e saboreie esses pãezinhos que custaram minha mesada deste mês. — disse ao notar que eu não estava mais escovando meu dentes. Logo empurrou o prato por cima da bancada da cozinha  com dois pães que formavam a palavra férias em inglês. — O que foi? Vai me dizer que isso não é um bom jeito de iniciar as nossas? — indagou retoricamente ao notar que eu balançava a cabeça. 

O Manual das Borboletas 🦋 • jjk + pjmOnde histórias criam vida. Descubra agora