12| Blood // Water - Grandson

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"Amamos a vida não porque estamos acostumados à vida, mas a amar

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"Amamos a vida não porque estamos acostumados à vida, mas a amar. Há sempre alguma loucura no amor, mas há sempre também alguma razão na loucura." - Friedrich Nietzsche.


Às vezes as sensações sentidas em um momento de fraqueza são dilatadas de modo que tenhamos facilidade em nos afundar ainda mais no poço de amarguras e frieza.

Como se algo distribuísse de forma autoritária ordens para que não olhassemos para trás, nem mesmo para os lados. E isso dificultaria nossa visão já que teríamos como única, o problema na sua versão mais monstruosa aterrorizando nosso passado, presente e futuro como se fossemos apenas uma junção de todos.

Saber que sentiu pavor no passado, viver com medo no presente e aguardar um futuro ainda pior seriam aspectos fiéis à descrição em sua essência de uma pessoa que carrega consigo cicatrizes da maldita ansiedade.

E tal descrição não se diferenciava com a realidade vivenciada por meu corpo arrastado pela experiência de entender quem era Jeon Jungkook. E por que a resposta nunca fora obtida mesmo quando estava na Terra.

Quem de fato sou? Ou quem estou tentando ser?

Centrium há pouco tempo havia arrancado de mim, minha aversão pela morte. Com liam vivenciei o luto que gerou em mim a tristeza pela angústia da perda, mas aqui as situações expuseram meu ódio pela morte. Como se morrer fosse um prêmio que não daria a ninguém neste inferno.

Assim como todos naquele lugar, já me enxergava prestes a trincar, como um vidro, pelo esforço que fazia, contendo a fúria, a dor e tristeza ainda não peneirados, imersos, portando, em uma grande confusão de sentimentos.

Taehyung não parecia estar diferente do qual conheci meses atrás, mas os comentários travessos característicos do menino se tornaram escassos. Nas sextas feiras, o Kim fazia o ringue de luta sua terapia semanal, acabando com a raça de todos que o enfrentaram desde o dia em que nosso amigo nos deixou, há mais de um mês para ser preciso.

Ainda sem informações sobre o grupo dele, agonizavamos dias após dias com medo de que qualquer notícia vinculada a ele nos partisse ao meio de uma vez por todas.

Ao passo que Reike se tornava mais ambicioso, determinado a me ver forte, cortou muitas das minhas refeições e aumentou meu horário na sala de treinamento. O que fez com que Taehyung tivesse que abrir mão de parte de alguns almoços para compartilhar comigo em segredo. Ele estava frustrado por não saber o que fazer exatamente.

Mesmo que Reike me obrigasse a comer um banquete, estava cansado demais para fingir algum apetite.

O médico, também me fornecia certo conforto, principalmente, nas mesmas sextas que Taehyung assombrava a arena, como um predador sem qualquer tipo de controle, Jin me recebia na enfermaria e noticiava o treinador que estava com dores de cabeça. Tinha noção de que em algum momento precisaria enfrentar aquela arena, não por medo de Taehyung, mas de mim mesmo.

O Manual das Borboletas 🦋 • jjk + pjmOnde histórias criam vida. Descubra agora