Prefácio - Set me free/ Agust D

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"Somos como linhas paralelas, olhamos para o mesmo lugar, mas somos diferentes

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"Somos como linhas paralelas, olhamos para o mesmo lugar, mas somos diferentes. Eu não tenho ninguém além de você." — Danger, BTS


Um mundo dominado pelo poder não teria outro destino senão o fracasso das almas que nele habitam. Indivíduos que se acorrentam em seu passado sem nenhuma perspectiva de viverem um amanhã livre do aço que roça suas peles nuas.

Essa era a Terra no ano de 2070, ou mesmo a Terra de seu presente. O planeta nunca mascarou suas dores provocadas por ações dos seus hóspedes. O tempo caminhou mais rapidamente e as mudanças caracterizadas pelas consequências mundanas deram espaço para guerras, a sede e a fome. 

O crescimento populacional mundial gradativamente estava se encaminhando para o negativo. Afinal as pessoas sabiam como era injusto colocar vidas em um ambiente incapaz de prover a chance de viverem de fato. 

Os pais de Jungkook não pensavam da mesma forma que metade do mundo. Isso porque nunca se preocuparam com o dinheiro. Sua mãe era filha de um dos maiores latifundiários dos Estados Unidos. Assim, sua família seguiu o legado Lennox como indivíduos que não se preocupavam com o caos fora dos privilégios do dinheiro. 

Não moravam em uma mansão, apesar de possuírem ótimas finanças.  Isso porque antigamente a ideia de se ter uma grande propriedade era incrível e possível dependendo do orçamento pessoal, no entanto em 2070, uma data que até então nunca existiria no calendário humano,  poucos podiam desfrutar de uma vida razoavelmente prazerosa e o dinheiro já não servia mais como uma forma de ostentação.

Na contemporaneidade, mais da metade da população mundial vive em condições precárias, e aqueles que possuem oportunidades tentam viver suas vidas como pessoas normais, que vão ao trabalho, compram sua comida no mercado, caminham pelas ruas e frequentam a escola. Uma rotina monótona para pessoas normais do passado, porém não para aquelas que sobrevivem em um planeta desgastado e com prazo de validade. 

Tal corpo social é formado por filhos dos filhos que algum dia puderam respirar o oxigênio sem consequências maléficas. São descendentes daqueles que partiram de suas terras natais com a ambição de serem eternos refugiados em pátrias banhadas pela ganância e solidão. 

Dessa vez o lar de almas corrompidas foi berço de mais um projeto escrupuloso e humano. Blue foi seu nome. Seus defensores acreditavam que o problema não estava no mundo em que a humanidade habitava, mas sim nela mesma. 

No início o projeto foi mantido como extremamente secreto. Desse modo, uma ilha apelidada de Centrium foi construída afastada de todas as porções de terra. Os laboratórios foram espalhados pela ilha abaixo das construções monumentais. A primeira mentira ecoou por aquela vegetação densa como a Floresta Amazônica,  seria um sítio arqueológico para espécies exóticas que estava sendo montado naquele ambiente durante 5 anos, foi o que disseram a fim de evitar teorias conspiratórias.

O governo coreano se esqueceu de ressaltar que as “espécies exóticas” seriam humanos com genes modificados trancafiados em salas brancas e frias. Para os cientistas não era um objetivo em comum originar monstruosidades, apenas indivíduos com habilidades especiais, estas herdadas por genes de outros animais. Assim, a nova espécie poderia salvar a humanidade de sua extinção.

Infelizmente, mais tarde os homens descobriram que nunca deveriam ter existido.

O Manual das Borboletas 🦋 • jjk + pjmOnde histórias criam vida. Descubra agora