14| Lie - Park Jimin

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"A vida é mais bonita sabendo que emprestamos a morte

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"A vida é mais bonita sabendo que emprestamos a morte. Até a luz é mais preciosa quando há escuridão."
— Kim Namjoon


Ao fechar meus olhos visualizava um campo extenso e sem muitas árvores. O sol invadia a mata e cumpria seu papel na fotossíntese das plantas que agraciavam a paisagem. Meu pulmões captavam a maior quantidade de ar que podiam manter dentro de meu corpo não tão pálido como o de costume. Meu cabelos voavam com o vento passageiro junto a risadas perambulantes e intrusas. Liam percorria a paisagem sendo dono dos sons divertidos, e parado em uma árvore distante me chamava para mais perto, caminharia até ele se meus tornozelos não estivessem amarrados em centenas de raízes pontiagudas.

Abri meus olhos com agitação. Mas a imagem pacífica de Liam foi substituída pela lista impressa em uma papel bege com o emblema dos Lizards pendurado há alguns horas no mural de anúncios.

Meu nome estava expresso entre Julian Halten e Karen Matthew. "Jeon Jungkook" perdido em uma sopa de letrinhas densa e medonha. Como havia parado ali? De certo, não era mais o garotinho fraco de meses atrás, minhas mãos agora estavam banhadas de sangue e suor, mas mesmo assim.. por que agora?

Não seria como Hoseok que por algum motivo encontrou proteção no campo das borboletas. Eu ainda não tinha o completo controle das mudanças recém descobertas causadas pelos genes cruzados em meu corpo, não saberia domar o que estivesse dentro de mim sob pressão.

Uma coleira pesada de aço envolto em meu pescoço me asfixiava solenemente sem precisar ouvir de mim, gritos de desespero abafados pela vergonha de ser um covarde.

Encarar aquela lista era como o vislumbre tenebroso da morte. Se ela me escolhesse como meus pais receberiam a notícia e quem os informaria? Eles só teriam Amber a partir daquela informação e talvez alimentassem em segredo a esperança de eu retornar um dia para casa, assim como por meses busquei diversas saídas de Centrium sabendo que se não fizesse isso enlouqueceria. Mas compreendendo que  no fundo que eu não pertencia a Terra, por muito tempo senti dores no corpo ao tentar me encaixar em um molde de "filho perfeito", e entendi que a forma já estava sendo ocupada.

— Vamos dar um jeito. Vou tentar conversar com Reiki - dizia, com convecção, Taehyung ao socar pela última vez o saco de pancadas.

— Tae, você também foi convocado, não há nada mais a se fazer no momento - conformei ainda em choque com o acontecimento, segurando o saco de boxe para que não fosse longe devido a força que o menino distribuía no objeto.

— Eu pedi por isso, você não. Não posso perder outra pessoa importante — despejava Tae ao relaxar as escapulas pressionadas devido a tensão, me cortava o coração saber que Taehyung havia recebido somente uma carta de Hoseok dizendo que ficaria mais algum tempo em missão, porém me fez prometer que eu não comentaria sobre pela segurança de meu amigo. Como ele dizia as paredes do palácio possuem ouvidos atentos.

O Manual das Borboletas 🦋 • jjk + pjmOnde histórias criam vida. Descubra agora