Amigos

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– Eu também estava com muito medo. Quero ir para casa, Kaname... – eu chorava ainda mais – Aliás, porque voltou tão rápido? O que o doutor disse que eu tenho? É grave?

– Yuuki... – ele sorriu – Vamos ter um bebê.

– Como é que é?! – eu ouvi direito? Ele disse bebê?

– Vamos ter um bebê! Um bebê! – ele estava eufórico. – Nem acredito!

– Achei que eu estivesse com alguma doença grave. Eu mal conseguia sair da cama, isso é sintomas de gravidez, por acaso? Eu jamais imaginaria que fosse isso. Uma pessoa normal tem náuseas e tontura e eu estou praticamente vegetando. – eu ainda tinha dúvidas.

– O doutor disse que, de acordo com todos os exames, você tem um corpo frágil para gerar uma criança, ainda mais um bebê vampiro, por isso teve tantos obstáculos até agora e vai ser uma gravidez difícil. A criança necessita de sangue constantemente e como você mal conseguia se alimentar, o bebê também não se alimentava, então não tinha outra opção a não ser sugar sua energia vital, por isso você vivia de cama, não tinha forças para nada. – ele falava e eu apenas balançava a cabeça, nem sabia o que dizer – A presença que sentíamos na casa às vezes, pode ser do bebê, porque o doutor explicou que se ele estiver muito agitado, pode emanar uma energia forte para tentar avisar aos pais que está com fome ou incomodado com algo. Incrível, não?!

– Sim... – eu disse, pausadamente – Incrível.

– Você não parece muito feliz. – Kaname disse, me olhando.

– Não é isso! – eu disse – Estou assustada! Não sei como reagir. Você disse que será uma gravidez difícil. Se não consigo me alimentar direito agora, imagina quando o bebê estiver maior e maior? Como vou sustentá-lo dentro de mim? E se eu não conseguir?

– Claro que vai. – ele deu um meio sorriso – Não se preocupe. Vamos tomar todas as providências para que ocorra tudo bem. Ligarei para o doutor assim que chegarmos em casa e pediremos todas as informações necessárias para lidar com a situação da melhor forma, mas antes, - ele olhou em volta – precisamos sair daqui. E rápido.

– Kaname! – um detalhe me voltou à mente – Espere! Tem mais alguém que precisamos tirar deste lugar.

– Quem?

– Ruka e Zero! – eu disse – Não sei o porquê, mas eles também estão aqui.

– O quê?! O que esses dois fazem aqui? O que Rido queria com eles?!

– Ele não disse, apenas me mostrou os dois em outra sala. – omiti. – Precisamos ajudá-los e tirá-los daqui!

– Não temos tempo pra isso! Precisamos ir!

– Kaname, por favor? – meus olhos marejaram – Zero sempre foi um irmão para mim e Ruka é sua amiga. Precisamos ajudá-los. – Zero era mais que um irmão, agora, mas Kaname não precisava saber. Ele revirou os olhos, tedioso, bufou e afirmou com a cabeça.

– Tudo bem, mas como vamos saber onde estão se nem ao menos sinto a presença deles?

– Eu também não sinto, mas deve ser porque a sala pode estar enfeitiçada, pois quando os vi, também não sentia a presença deles, nem ouvia nada do que falavam e eles também pareciam não sentir presença alguma de fora da sala.

– Pelo jeito vamos ter que procurar pelo prédio todo. Vamos logo, antes que Rido se recupere completamente. – Kaname me pegou no colo e correu para fora do quarto. Enquanto me carregava por todo o prédio à procura de Ruka e Zero, me explicou que não podia matar Rido, mas que o deixou inútil por um tempo. O suficiente para tirarmos os dois do prédio e irmos embora. Ele poderia ter deixado Rido pior, mas pelo jeito, o tio estava mais forte do que a última vez que lutaram e requeria muito mais preparação por parte de Kaname e ele não tinha tempo pra isso, sem contar seu abalo emocional pela notícia que seria pai.

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