Baile do Conselho

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Já era hora do almoço quando vi Amai pela primeira vez, ela havia passado a manhã toda com os monitores olhando o resto dos aposentos do colégio, que não tinha dado tempo de visitar na noite anterior. Eu estava, particularmente, curiosa para conhecer os monitores atuais e ver se eles eram, realmente, tão intimidantes e respeitados, como Kurosu descrevera. Amai parecia um pouco nervosa, mas estranhamente alegre. Estava um pouco apreensiva e ela não era assim, normalmente.  

– Okaeri mama. – ela disse, entrando na sala. Eu estava sentada junto com Iruka vendo alguns livros antigos.

– Tadaima. – respondemos em uníssono.

– Nossa! Essa escola é incrível! – ela disse alegre – Melhor do que eu imaginava. Espero me dar bem aqui. Será que vão gostar de mim?

– Mas é claro que vão, querida. – disse eu – E hoje você vai poder conhecer alguns de seus colegas da Night Class, no Baile do Conselho.

– Hai. Estou tão nervosa.

– Eu percebi. Você voltou meio estranha do passeio. – fiz uma pausa – Aconteceu alguma coisa?

– Não. – ela olhou para os lados, como se procurasse alguém – É que foi estranho.

– Estranho? Como assim?

– Sei lá. Eu senti uma coisa quando estava com os monitores. Não sei explicar. Como se já nos conhecêssemos ou algo assim. – ela chegou mais perto e cochichou – Eles também são vampiros, sabia?

– O QUÊÊÊÊÊ?! – gritei, espantada, mas Amai me olhou como se eu fosse uma descontrolada e eu me recompus – Kurosu ficou louco? Como ele coloca vampiros para fazer a segurança do colégio? E os humanos?

– Bom, não sei direito como foi isso, mas eles comentaram comigo que trabalham como monitores desde os treze anos, a pedido do próprio diretor. Eles nem eram alunos ainda. E eles me disseram que também moram aqui na mansão, mas passam muito tempo fora, deve ser por isso que não os vimos quando chegamos.

– Sério que eles moram aqui? Kurosu resolveu adotar mais duas crianças, é?! Acho que sentiu falta de perturbar os filhos. – disse sorrindo – E não me admira que eles sejam respeitados, como o diretor falou – comentei – devem passar uma imagem assustadora aos alunos.

– Imagino que apenas a Kir... – antes que ela pudesse terminar a frase, ouvimos Kaname entrar, com vários pacotes nos braços.

– Okaeri. – disse colocando as coisas sobre uma mesa.

– Tadaima. – respondemos.

– O que é isso, Kaname? – falei olhando os pacotes.

– Nossas roupas para o baile. – sorriu – Precisamos estar perfeitos. Quero exibir a todos, a linda família que tenho.

– Que lindo! – Amai falou, pegando seu vestido que já estava com uma etiqueta com seu nome – Adorei. Será que as pessoas vão me achar bonita?

– É claro que sim. – disse Kaname.


Estava terminando de arrumar meu cabelo, quando Kaname entrou no quarto, incrivelmente belo. Ele sempre fora bonito, mas nesta noite, ele estava espetacular, realmente muito lindo. Suspirei ao admirá-lo. Ele caminhou em minha direção, me deu um beijo na testa e sentou-se ao meu lado, me olhando.

– Tudo bem, Kaname? – disse olhando para ele pelo espelho.

– Sim, querida. – sorriu.

– Não parece.

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